Segundo José Santos, o Presidente da Entidade Regional do Turismo do Alentejo, a “oportunidade do Évora 27 Capital Europeia da Cultura, será a nossa pequena Expo 98 ou as nossas Jornadas Mundiais da Juventude (MJM)”.
Advertindo que esse evento, não irá resolver os problemas económicos estruturais da região, deve “aspirar a ser muito mais, do que uma celebração cultural. Apesar de também, o dever ser”, concorda.
“Deve sobretudo, ser uma oportunidade para a transformação da cidade e da região pela cultura”. Onde a promoção e o incentivo na área do turismo, estão intrinsecamente ligados aos eventos culturais.
A associação Évora 27 que tardou, mas foi criada em fevereiro deste ano, vai seguramente trabalhar para o sucesso do evento.
Vai ser um acontecimento de grande escala, colocando Évora no radar da Europa, e atraindo ao Alentejo muito turismo extra europeu.
“É necessário preparar-nos para recebermos esse enorme fluxo de turistas, que farão uma maior pressão em todos os agentes turísticos, nos serviços, na restauração e hotelaria, nos transportes que têm de proporcionar uma melhor mobilidade turística, incluindo para levar as pessoas a visitar outras cidades e outras vilas da região” explica o Presidente da ERT.
Estando previsto, que a promoção publicitária do Évora 27 a nível europeu, e mundial, tenha fundos europeus, José Santos assegura que “na Entidade Regional do Turismo, temos trabalhado, nomeadamente desenvolvendo o Plano de Acolhimento trabalhado com os empresários do turismo e hotelaria de Évora”, e terá muito de voluntarismo, como sempre ocorre. Desvenda assim, o desenho do plano: “tenho designados programas com 4 eixos: qualificar, atrair, receber e avaliar.
Entre outros, vai ser criado um roteiro do Alentejo, maximizando as potencialidades de cada região, e a formação de uma extensa rede de postos de turismo pelo Alentejo fora.
Inclusivamente tem havido uma estreita “colaboração com a arquidiocese de Évora e o senhor arcebispo, que nomearam uma equipa com quem trabalhamos, por causa do inigualável património religioso, de que Évora é tão rica”.
Está previsto que em breve, a associação faça uma apresentação pública deste plano de acolhimento.
Perante as atuais grandes dificuldades financeiras da Câmara Municipal de Évora, anunciadas publicamente por Pinto de Sá, o próprio autarca eborense, José Santos evitou tecer considerações, recentrando o foco na associação que foi criada e a cujos órgãos sociais ele pertence. “Faço parte, em nome da Entidade Regional de Turismo, da Assembleia Geral da associação que assumiu a responsabilidade do Évora 27. E para a qual, o governo já nomeou a Presidente, seguindo-se em breve, a abertura de um concurso internacional com o objetivo de designar um diretor artístico, e outros responsáveis que organizarão o evento”.
O presidente da ERT relembra os anteriores exemplos do Guimarães em 2012, e do Porto em 2001, para justificar como são projetos difíceis e complexos.
“O importante mesmo, é agora esta associação Évora27 começar a funcionar, já deveria ter acontecido, mas vai começar brevemente, e depois, estarmos muito unidos, apoiando a presidente da associação, a Câmara Municipal de Évora, garantindo-nos o sucesso para todos. E este plano de acolhimento e hospitalidade, será uma peça muito importante, para esse sucesso”, concluiu José Santos.