Andrés Herrera, um nome que se destaca no mundo da enologia, nasceu em 1977 na Grande Lisboa, filho de um beirão e de uma andaluza. Desde cedo, o seu destino cruzou-se com o universo dos vinhos, inicialmente através dos rótulos que estudava no restaurante do pai, sem sequer os provar. Contudo, foi essa curiosidade que o levou a decidir: “Tenho de aprender a fazê-lo”.
A sua paixão pelo vinho levou-o a estudar agronomia na Universidade de Évora, onde se formou como enólogo. Durante o seu percurso académico, teve a oportunidade de aprender diretamente com João Portugal Ramos, um dos mais respeitados enólogos portugueses. Essa experiência, aliada a um percurso internacional que incluiu passagens por regiões vinícolas na Austrália e Nova Zelândia, preparou-o para se tornar uma referência na enologia.
Em 2005, Herrera lançou-se num projeto próprio, criando a Torero Wines, onde começou a experimentar microvinificações inovadoras. Foi assim que surgiu o seu primeiro grande vinho, o Duende, em 2009. Mas o verdadeiro ponto alto da sua carreira aconteceu com o lançamento, em 2023, do Maese 2011, um vinho exclusivo que rapidamente se tornou o mais caro da Península Ibérica, com um preço de 3873 euros por garrafa.
O Maese 2011 é o resultado de 12 anos de trabalho árduo e visionário. Herrera descreve-o como um vinho que não se projeta de forma convencional, mas que resulta de um conjunto de circunstâncias únicas, onde o valor monetário é abandonado em prol da excelência e da identidade do produto final.
Com apenas 572 garrafas produzidas, das quais 300 já foram postas à venda, o Maese 2011 é uma raridade. Herrera já conseguiu vender 15% da produção, exclusivamente em Portugal, mas está a planear expandir a comercialização para o estrangeiro.
Andrés Herrera continua a perseguir a perfeição a evolução é constante, e sempre há espaço para melhorar, mantendo viva a tradição de excelência que começou na Universidade de Évora.
Foto: (Fotografia de Maria João Gala/GI)