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“Em termos concretos nunca ninguém disse que a estrada estava em perigo” alega Autarca de Borba em Tribunal

Tal como a rádio Campanário noticiou, arrancou esta quinta-feira, no Tribunal Judicial de Évora, o julgamento do caso da Derrocada da estrada de Borba, estrada municipal 255, uma tragédia que teve lugar em novembro de 2018 e que resultou na morte de cinco pessoas.

No banco dos Réus,no âmbito deste processo, estão seis arguidos, um deles o Presidente da Câmara Municipal de Borba, António Anselmo, acusado de cinco crimes de homicídio por omissão, o primeiro a ser ouvido nesta primeira sessão de julgamento. Perante o coletivo de juízes admitiu a “existência de conversas sobre os riscos de uma possível derrocada”. Ainda assim, o Edil de Borba referiu , por diversas vezes  que, “em termos concretos nunca ninguém disse que a estrada estava em perigo” acrescentando mesmo “nunca ninguém disse que a estrada ia cair”, avança a Agência Lusa.

O presidente do Município assegurou ainda em Tribunal que, caso tivesse conhecimento da existência desse perigo, teria “fechado a estrada imediatamente” .Garante que, apesar das reuniões realizadas em 2014, nas mesmas , “o tema da segurança nesta estrada foi abordado de forma geral.” Questionado pelos Juízes e pelo Ministério Público sobre documentos apensos ao processo que alertavam para a existência de perigo, o Autarca reiterou que se tratava apenas de “conversas” e que nada em concreto referia a necessidade de “fechar a estrada.”

O julgamento arrancou apenas com a presença de cinco dos seis arguidos uma vez que o representante da sociedade arguida ALA de Almeida Limitada, não compareceu à sessão. Dos cinco arguidos três aceitaram prestar declarações ao tribunal- Presidente da Câmara de Borba, António Anselmo, Vice-Presidente da Câmara de Borba, Joaquim Espanhol, e o responsável técnico da empresa ALA de Almeida, Paulo Alves. Dois dos arguidos optaram por ficar em silêncio Bernardino Piteira e José Pereira , funcionários da DGEG.

Seis anos depois da tragédia, o caso começou a ser julgado com sessões marcadas neste Tribunal até 21 de novembro. O acidente ocorreu na tarde de 19 de novembro de 2018, momento em que um troço de cerca de 100 metros da Estrada Municipal 255 (EM255), que liga  Borba e Vila Viçosa, acabou por colapsar, causando a morte a cinco pessoas, dois trabalhadores da empresa de extração de mármore na pedreira e três homens que seguiam nas suas viaturas no momento em que o troço acabou por ruir.

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