A rede de infraestruturas primárias da Barragem do Pisão, um dos maiores projetos da região e uma reivindicação histórica, vai ser construída por um Consórcio de Empresas espanholas que venceu o concurso. A decisão foi hoje tomada em reunião extraordinária do conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), segundo avança a Lusa.
De acordo com a mesma fonte, o investimento é de 64,9 milhões de euros, um valor abaixo do valor de 71,7 milhões de euros inicialmente definido pela CIMAA para este concurso público internacional.
Concorreram 10 empresas, duas com valores acima dos valores definidos ficando estas desde logo excluídas. A minuta do contrato foi assinada esta terça-feira e o consórcio vencedor vai agora ser notificado. Depois de assinado o contrato, segue o mesmo para visto do Tribunal de Contas, tal como adiantou o presidente da Câmara Municipal do Crato , Joaquim Diogo , que gostava de ver a obra iniciar-se “ainda este ano ou no início de 2025.”
O Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos (EAHFM) do Crato envolve um investimento total superior a 200 milhões de euros, mais de 140 milhões com financiamento do PRR. Faz ainda parte do projeto a construção de central fotovoltaica flutuante, cujo investimento, no valor de cerca de 51 milhões de euros.
A albufeira, vai surgir numa área de 10.000 hectares e vai garantir o abastecimento às populações dos concelhos de Alter do Chão, Avis, Crato, Fronteira, Gavião, Nisa, Ponte de Sor e Sousel, num total de cerca de 55 mil pessoas.
Prevê-se que a construção da barragem esteja terminada no final de 2026.
