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Segunda-feira, Novembro 25, 2024

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“A vida deu-me limões e eu fiz uma limonada”. André, o Medalha de Ouro

É uma história de superação, que ilustra a força de viver de um jovem. André Soares é de Estremoz e aos 20 anos perdeu a audição. O céu desabou. Ainda se admitiu que talvez fosse apenas cera no ouvido, mas não. A pior notícia foi confirmada dias depois. André estava surdo. Mas o jovem foi à luta. Adaptou-se a uma nova vida e reergueu-se sobre uma bicicleta, onde chegou a campeão do Mundo. Aplausos de pé.

Hoje com 25 anos, André Soares exibe a clara noção de que se traduziu num exemplo, sobretudo, para jovens a quem a vida trocou as voltas, ao subir ao primeiro lugar do pódio na Polónia para receber a Medalha de Ouro e ver a Bandeira Nacional ser erguida ao ponto mais alto ao som da Portuguesa.

“Tenho utilizado o que me aconteceu, porque tenho visto que muitas pessoas desistiram do que faziam por terem algum limitação. Eu fiz o contrário. Agarrei-me a isso, mostrando a todas as pessoas que não é por ter uma limitação, uma incapacidade ou um problema na vida, que não vamos ser capazes de fazer o que queremos”, enfatiza o jovem campeão.

Bem pelo contrário, diz: “É mesmo por termos essa incapacidade, que temos que nos agarrar a isso e esforçar-nos mais”, insiste, registando que esta forma de vida serve também para quem não sofre de nenhum género de limitação.

E quanto ao lema que tem conduzido este seu percurso ao longo dos últimos: “se a vida nos dá limões temos duas possibilidades. Ou nós comemos os limões amargos ou podemos fazer uma boa limonada”, enfatiza o atleta a quem a Câmara de Estremoz vai apoiar na compra de uma nova bicicleta, habilitando o ciclista a melhorar os seus tempos no contrarrelógio, onde radica a sua especialidade.

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