Quem fala assim é o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado: “Existe uma infraestrutura que custou dinheiro ao erário público. Por isso, todas as soluções que sejam encontradas para rentabilizar o Aeroporto de Beja devem de ser consideradas”.
A posição foi assumida publicamente pelo governante numa recente visita a Évora, admitindo Pedro Machado que o aproveitamento do aeroporto do Baixo Alentejo pode ser feito com recurso a “voos particulares” ou através de outras atividades no campo da “aeronáutica”. Mas há mais vias alternativas.
Citou o exemplo da “domínio da defesa” em que Portugal pretende agora posicionar-se, a par de “muitas estruturas ou infraestruturas” que tornem possível captar investimento para a região. “Acho que há uma panóplia de soluções que podem ser encontradas para rentabilizar esse aeroporto feito à custa dos impostos dos portugueses”, assumiu o governante.
Recorde-se que o presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo disse recentemente que o país não se pode esquecer que tem um aeroporto construído no Alentejo. “Não podemos desperdiçar essa infraestrutura para desenvolver Alqueva e o Alentejo Litoral”, sublinhou José Santos.
Até final do ano o dirigente alentejano conta ter em sua posse três dossiês com linhas de ação, cujo objetivo aponta à internacionalização do turismo no Aeroporto de Beja, segundo revelou à Rádio Campanário.
José Santos tem “percebido” que os empresários encaram o Aeroporto de Beja como uma “variável muito importante na definição dos seus negócios”, assinalando que aos dias de hoje há dois polos de competição turística no Alentejo. Um em Alqueva e outro na linha da costa entre Troia e Melides.