António Pinto Basto é um nome incontornável do fado em Portugal. Com mais de 50 anos de carreira no mundo da música, o Fadista Alentejano tem conquistado palcos por este país e mundo fora.
À margem da noite de fados organizada pelo Grupo de Teatro de Amadores de Vila Viçosa, realizada em Vila Viçosa no passado sábado, o artista, numa entrevista exclusiva à Rádio campanário falou sobre o seu percurso e sobre como vê o aparecimento das novas vozes do fado, a canção da alma portuguesa nas novas gerações.
O fadista começou por nos referir que “há quatro anos que anda a comemorar os 50 anos de carreira, completados em 2020, mas as comemorações tiveram que ser adiadas devido à Pandemia.” No fina deste ano lançou o seu mais recente trabalho “elétrico 28” , um trabalho que tem andado a promover.
Questionado pela Rádio Campanário se tem projetado algum novo disco para breve, António Pinto Basto confidencia-nos que tem andado “um pouco desanimado” no que diz respeito a gravações explicando que, para que tal aconteça, é “necessário entusiasmo”, algo que até ao momento, e fruto da facilidade que hoje em dia existe no acesso ás músicas através das novas plataformas, ainda não conseguiu reunir.
Com mais de meio século de carreira, o artista olha com bons olhos para as novas vozes do fado que foram surgindo em Portugal ainda assim ressalva “apesar de aparecerem muito boas vozes e de ser possível, desta forma, garantir a continuidade do fado, mas também aparece gente a mais que não canta o Fado, que não sabem senti-lo ou interpretá-lo.”
“O fado agora está muito na moda mas é preciso sentir que se trata de uma tradição. Há muita gente que não canta o Fado, cantam fados…..” conclui o Artista Alentejano para quem cantar no Alentejo continua a ter um sabor muito especial.
Foto: António Pinto Bastos