A Confraria Gastronómica do Alentejo celebra este ano os seus 30 anos de história, num trabalho desenvolvido em prol da Investigação e Divulgação do Património Gastronómico do Alentejo.
Para assinalar esta data importante, realizou este fim de semana, no concelho de Arraiolos, o tradicional Cabido de Outono, juntando mais de 250 pessoas num evento que homenageia uma das expressões mais identitárias da região, a gastronomia.
José Casas-Novas, provedor desta confraria, fundada para defender e divulgar a autenticidade da Gastronomia Alentejana, em declarações à Rádio Campanário explicou que “a iniciativa se insere no âmbito dos eventos estatutários, sendo o Cabido de Outono o mais formal porque é o momento em que decorre a entronização de novos confrades.”
Diferenciada das restantes Confrarias pelo facto de o seu objeto ser generalista, o Provedor destaca ainda “que a sua missão vai, não só a toda a Gastronomia, mas acima de tudo a todo o território Alentejano que representa um terço do território nacional, tendo em consideração todas as suas especificidades”.
O Cabido de Outono, na edição deste ano, recuperou ainda a tradição da Cocaria, através de uma iniciativa realizada na Santa Casa da Misericórdia de Vimieiro, possibilitando assim que os seus utentes possam também recuperar memórias de saberes e sabores de outros tempos.
A cerimónia de entronização dos novos confrades decorreu no período da tarde com a admissão de onze novos membros, passando assim para um total de 270 confrades.
José Casas-Novas sublinha que “apesar do número ser elevado o objetivo é ter cada vez mais pessoas na Confraria.”
Muito direcionada para a preservação do “ancestral” a Confraria Gastronómica dá também passos no sentido de abrir horizontes para temáticas que estão na ordem do dia como é o caso da Inteligência Artificial e a forma como ela pode estar ligada à gastronomia. “Um toque de modernidade sem desvirtuar aquilo que é o factor identitário da gastronomia” conclui o provedor da Confraria gastronómica do Alentejo.