O Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial um indivíduo de sexo masculino, com 70 anos, residente em Campo Maior, pela prática de um crime de violência doméstica agravado e de três crimes de incêndios, explosões e outras condutas especialmente perigosas.
De acordo com o comunicado emitido pela Procuradoria Geral da República, o Arguido e vítima mantiveram uma relação de namoro durante cerca de treze anos, a qual terminou em finais de julho de 2024.
No decurso do relacionamento, explica o MP, “o arguido ofereceu à vítima um veículo automóvel ligeiro de passageiros, encontrando-se indiciado que, depois da separação, o arguido, inconformado com a mesma e porque, embora consciente de que a ofendida não tinha possibilidades financeiras, pretendia reaver o dinheiro pago pelo referida viatura, decidiu ordenar a terceiros que incendiassem o veículo, por forma a que a ofendida fosse ressarcida do respetivo valor, pela companhia de seguros.”
Em concretização do plano, adianta ainda “terceiros não identificados, no dia 1 de agosto de 2024, incendiaram a viatura que se encontrava estacionada à porta da Santa Casa da Misericórdia em Campo Maior, através da utilização de um produto acelerante de combustão, tendo causado danos nos veículos estacionados e na porta da Santa Casa da Misericórdia.”
Na sequência do interrogatório, no dia 14 de novembro, o juiz de instrução criminal decidiu sujeitar o arguido às medidas de coação de termo de identidade e residência e prisão preventiva.
A investigação prossegue a cargo da Polícia Judiciária de Évora, sob a direção do Ministério Público de Elvas.