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Segunda vida do Forte da Graça faz 9 anos. Elvas exibe construção única no Mundo

Entradas gratuitas para todos os visitantes e a apresentação de um livro, marcam as comemorações do 9° aniversário da reabertura do Forte da Graça, em Elvas, esta quarta-feira. O livro “Os Aventureiros: O Enigma do Forte”, de Isabel Ricardo, é apresentado pelas 18.00 horas e tem como palco principal de aventuras o Forte da Graça.

A imponência do Forte da Graça traduz a mais célebre construção militar de Elvas e única no Mundo. Relata a história que esta foi a primeira fortificação com estas características e dimensões que o mundo viu erguer, sendo inicialmente conhecida como Forte Conde de Lippe, em homenagem ao promotor da obra e encarregado de o mandar construir.

O nome atual deve-se ao facto de, no século XIV, estar erguido um santuário no topo do Monte da Graça, mandado construir por Catarina Mendes, bisavô do famoso navegador Vasco da Gama.

O santuário esteve neste lugar até ao ano de 1763, quando foi derrubado para construir esta enorme fortaleza militar, tendo as obras terminado em 1792. É uma fortificação quadrangular, onde se podem ver quatro bastiões representando Badajoz, Elvas, Santo Amaro e Mafra.

De resto, a designação de Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e suas Fortificações, como lhe chama a UNESCO, prende-se com o facto da cidade exibir o maior complexo de fortificações abaluartadas do mundo e só o Forte da Graça, em conjunto com outras fortificações como o Forte de Santa Luzia e os Fortins de São Mamede, São Pedro e São Domingos, ocupa uma área do tamanho de 179 hectares.

A reabertura do Forte da Graça em 2015 foi um dos mais relevantes impulsos que Elvas recebeu para começar a atrair turismo dos quatro cantos do mundo após a classificação atribuída pela UNESCO. Depois de anos a fio de degradação, com portas abertas ao vandalismo e pilhagens, a “joia da coroa” da arquitetura militar elvense passou a conhecer uma vida nova, recuperando o seu lugar na história. À boleia de um investimento superior aos 6 milhões de euros. Trata-se de um monumento a nível mundial não é possível visitar na totalidade num só dia.

O portal principal – denominado Porta do Dragão – ostenta brasões de armas reais e características castrenses, bem demarcadas pelo seu protetor e largo revelim. A zona nuclear do forte é formada por corpo de planta circular, disposto em dois níveis e protegido por muralha larga com aberturas de canhoneiras.

Dominando a praça de armas destaca-se a volumetria da elevada torre da igreja-palácio do forte. Esta torre setecentista, de cor amarela, corresponde à área da capela, enquanto o palácio do governador militar se dispõe em redor dela, correndo no andar superior amplo terraço de vigia.

O interior apresenta dependências elegantemente decoradas por rocailles estuques policromos. Debaixo da capela situa-se a grande cavidade da cisterna. Intramuros, é ainda visível uma série de construções anexas para albergar materiais e homens necessários à defesa deste inigualável forte da raia alentejana.

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