Depois da escalada do preço do azeite nos últimos anos, o também apelidado “ouro liquido” deverá terminar este ano com uma queda de 29,3% face a 2023, de acordo com a informação revelada pelo Instituto Nacional de Estatística.
Ainda assim, a pergunta que se impõe é: voltará o preço do azeite aos valores anteriores à sua subida vertiginosa.
Gonçalo Morais Tristão, Presidente do CEPAAL Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo, em declarações à Rádio Campanário diz-nos o que pensa sobre a temática.
O responsável pelo centro começa por explicar que a subida dos preços ocorreu devido “a fracas produções de azeitona e de azeite em todo o mundo, especialmente em Espanha, que é o principal produtor do mundo(cerca de 50%).
Com uma fraca produção “houve uma grande diminuição da oferta que, aplicando a lei da oferta e da procura, levou à inevitável subida de preços.”
Com uma nova campanha a decorrer as expetativas apontam para que a mesma “seja melhor que a anterior”. Maior produção significa maior oferta, resultando na redução de preço a que se tem assistido.
Gonçalo Morais Tristão realça contudo que “sendo o azeite um produto de excelência, os consumidores estavam a comprar o azeite demasiado barato, com preços que não pagavam sequer os custos de produção de alguns olivais.”
Apesar da tendência que se verifica de redução do preço do azeite, o Presidente do CEPAAL acredita que o preço “não desça muito mais .”