O deputado João Oliveira, eleito pelo círculo de Évora da CDU à Assembleia da República, no seu comentário desta quarta-feira, dia 14 de setembro, falou sobre as declarações de Pedro Passos Coelho, que diz que sempre soube que o modelo do Partido Socialista iria falhar, não pensando que fosse tão rápido e a mudança da lei eleitoral autárquica.
Sobre as declarações do ex-Primeiro-ministro, João Oliveira diz que “já toda a gente percebeu que o PSD e em particular Pedro Passos Coelho, a única coisa que são hoje capazes de fazer, é desejar o pior aos portugueses depois de no Governo terem feito o pior possível aos portugueses (…) de Pedro Passos Coelho e outros responsáveis do PSD que integraram o anterior Governo, nomeadamente Maria Luís Albuquerque e outros dirigentes do PSD e ex-governantes, têm passado os últimos meses a torcer para que Portugal passe pelas piores dificuldades, a torcer para que a Comissão Europeia e a União Europeia imponham ao país, novamente a desgraça e o afundamento económico e social, os cortes de direitos, e aquilo que que pudessem ter feito, e o CDS, ainda que de uma forma mais discreta (…) torcer para que tudo corra mal em Portugal e obviamente as declarações que vão fazendo, apontam nesse sentido”.
Relativamente à mudança da lei eleitoral autárquica, João Oliveira refere que do seu ponto de vista, “não é necessário mudar a legislação eleitoral autárquica, aquilo que foi expresso pelo presidente da Câmara do Porto, em nosso entender, não faz sentido nenhum, há uma confusão que se faz com alguma frequência, designando as candidaturas que mudam os eleitores por candidaturas independentes e o exemplo da Câmara do Porto e da não independência do presidente da Câmara do Porto e do executivo, mostra bem que não se trata de cidadãos independentes, trata-se de cidadãos eleitores que concorrem à margem dos partidos”.
Salienta que “há mais um problema que se coloca, saber se esses cidadãos eleitores devem ou não, estar sujeitos a regras de responsabilidade politica e até civil e criminal, como acontece em relação aos partidos políticos”.