O Major General Rui Fernando Batista Moura abordou aos microfones da Radio Campanário a problemática dos recursos humanos no Comando Territorial de Évora, começando por afirmar que “nós não temos os recursos humanos que gostaríamos, mas temos aquilo que é o possível.” Quando o tema é a segurança pública, “a manta é sempre curta.” Salientou também a impossibilidade de “estar em todo o lado a todo o momento, isso significaria a ausência de crime e de prevenção daquilo que pode ocorrer em termos de segurança.” Apesar de considerar a “manta curta” o Senhor Major General referiu ser necessária “consciência” e dar “prioridade” à proximidade com as populações e para que isso seja possível é necessário colaborar nos mais diversos patamares. Considerando, só assim ser possível, manter o que disse ao discursar nas comemorações do dia do VIII aniversário da Unidade, quando referiu que somos o quinto país do mundo com menor índice de criminalidade e “dentro de Portugal o Distrito de Évora é um dos distritos mais seguros.” Conseguindo-se isso com “muitos poucos meios” garantindo que a estratégia de proximidade se deve manter e deve ser “aprofundada.”
Os profissionais da GNR por vezes estão deslocados e longe das suas famílias, ao abordar as suas necessidades e até mesmo os pedidos do operacional, o Senhor Major General mencionou que o “militar no Posto o que quer é os recursos para fazer bem o seu serviço.” Sendo esses recursos “muitas vezes escassos,” para além de escassos, “muitas vezes começam a ser já com alguma idade.” Sendo por isso necessário “dar condições” aos militares para que possam exercer a sua actividade com dignidade e consigam assim cumprir aquilo a que se propõe.
Abordando a verba do orçamento de estado para 2017, destinada às forças de segurança e se essa verba, pode ou não colmatar as necessidades da GNR, acrescentou “eu acho que não há um único dirigente neste país que se possa considerar, contente, se for exigente consigo próprio.” Pensando num melhor serviço, “o orçamento é sempre curto”.