O secretário de Estado da Agricultura e Ambiente, Luís Medeiros Vieira esteve esta quinta-feira, dia 10 de novembro, em Estremoz para participar nas 1ªs Jornadas do Agrupamento de Defesa Sanitária (ADS) Estremoz e falou à Rádio Campanário sobre as medidas do Governo para os agricultores que foram afetados pela seca extrema do último verão e a falta de água para o gado.
Luís Medeiros Vieira referiu que o seu Ministério foi confrontado com os problemas dos agricultores de algumas freguesias do Alentejo, com situações de seca extrema, “e o Governo já tomou medidas e publicou um despacho em que foram identificadas essas mesmas freguesias que estavam com problemas”, tendo sido disponibilizados “apoios e abertas candidaturas para que os produtores das freguesias atingidas, possam apresentar uma candidatura em que será elegível aberturas de furos e ao mesmo tempo equipamentos de transporte de água, nomeadamente cisternas para ir de encontro a dificuldades em termos de embeberamento dos animais”.
O governante diz que está atento à situação e o despacho contempla “um conjunto significativo de freguesias no Alentejo”, continuando atento “a outras freguesias que tenham necessidades”, já que “continuam a existir problemas desta natureza”, pelo que “estamos disponíveis para avaliar”.
Instado sobre o Orçamento do Estado para 2017 contemplar um acréscimo de verba para o Ministério da Agricultura, ainda que insuficientes, diz que de facto existe “um conjunto de verbas significativo” que permite que o Ministério da Agricultura cresça no próximo ano, garantindo “os pagamentos a tempo e horas que é o objetivo do Governo”.
Luís Medeiros Vieira sublinha que pela primeira vez, “em outubro deste ano”, foi pago “aos produtores 525 milhões de euros, a maior verba que alguma vez foi paga em termos de adiantamento, o que mostra claramente que há uma dinâmica por parte dos produtores no sentido da agricultura portuguesa, já que, se não houvesse essa atividade agrícola não haveria o pagamento dessas ajudas e ao mesmo tempo também, estamos a trabalhar no sentido de permitir que o apoio ao investimento, não tenha qualquer tipo de entrave”, na medida em que já existem “os meios financeiros para apoiar o investimento agrícola no país” estando certo “que a dinâmica que se tem verificado na agricultura portuguesa, vai continuar”.
Acrescenta que a agricultura em Portugal evoluiu nos últimos 30 anos, “é mais inovadora, mais profissional, mais orientada para o mercado e está a dar frutos, uma vez que as taxas de crescimento que estamos a ter são taxas superiores a outros setores de atividade”.
Também as exportações, segundo o governante, “estão a crescer”. “Nos últimos sete meses deste ano, comparativamente com o período homologo de 2015, exportamos 116 milhões de euros de animais vivos para o exterior, um aumento de 30% do total”, foram abertos “16 novos mercados para exportação, não só de produtos animais, mas vegetais, que mostra que há dinâmica por parte dos produtores e os resultados estão a aparecer e mostram claramente que em termos de exportações o setor da pecuária está a ter um desempenho extremamente notável”.