O lançamento do programa Qualifica decorreu dia 7 de Março, em campo Maior e teve início com a visita do Primeiro-Ministro e vários membros do governo ao Centro Internacional de Pós-Graduação, recentemente certificado como “Centro Qualifica”. Nesta visita foi descerrada a placa de qualificação do mesmo.
Este programa direciona-se para a qualificação de adultos, a partir dos 18 anos, visando um aumento da escolaridade ao nível do 9o ano ou do 12o ano, e uma consolidação das capacidades e experiências dos alunos. Campo Maior vai receber 2 dos 300 Centros Qualifica planeados para o nosso país.
Seguiu-se a cerimónia de Lançamento do Projeto Qualifica que teve lugar no auditório da Centro de Ciência do Café, em Campo Maior.
Em discurso, o Comendador Nabeiro realçou a importância de investir em quem quer aprender e de apostar na qualificação dos colaboradores, mantendo-os a par dos constantes avanços tecnológicos, pois nunca se sabe tudo e a qualificação é uma responsabilidade de todos. Trabalhadores menos formados resulta em menos oportunidades para eles assim como para a empresa. Afirma que é necessária uma alteração na mentalidade dos empresários, um processo que não é fácil nem simples, mas que compensa ao aumentar a competitividade, permitindo ganhar mercado. “As coisas difíceis são as que merecem a luta”.
Está na altura de “apanhar um comboio que a certa altura esteve parado”, disse o Presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, Ricardo Pinheiro. Defende que a responsabilidade política está comprometida com o desenvolvimento industrial a partir do interior sendo para tal necessário não só a qualificação de pessoas, mas também a criação de oportunidades para entrar no mercado de trabalho, felicitando o Grupo Nabeiro nesta ação e na projeção nacional e internacional que tem alcançado. “Aprender é poder”, por isso é crucial a contínua qualificação e formação, com transparência, para acompanhar a mudança constante dos contextos empresariais assim como o crescimento económico.
O Primeiro-Ministro António Costa começou o seu discurso por congratular Campo Maior e o “génio” do Nabeiro por serem exemplos de como pode haver dinâmica económica e uma indústria para todo o mundo, sem ser condenada pela sua localização.
António Costa denota bons resultados do país nos últimos anos e acredita que o maior investimento que foi feito resultou num balanço positivo das taxas de desemprego e numa diminuição do défice.
É, contudo, necessário resolver problemas estruturais dos últimos 17 anos. Para tal, acredita, a chave está na inovação e na qualificação de recursos humanos. Maior qualificação origina melhores empresas o que gera maior competitividade, rompendo com o vício de procurar um atalho para a competitividade.
A resolução deste problema estrutural deve passar pela qualificação de todas as gerações. Gerações mais antigas – que representam a maioria do desemprego prolongado – não tiveram oportunidades, mas têm motivação e vontade de contribuir para o país. E são elementos que o país não pode deixar para trás e dos quais não pode prescindir.
As pessoas estão cada vez mais tempo no mercado de trabalho, o que requer mais ferramentas para acompanhar as mudanças. É um esforço que deve ser feito pelo estado, pelas empresas e por cada um dos portugueses para combater a precaridade.
O Primeiro-Ministro de Portugal acredita que qualificar as pessoas é uma respostas a médio prazo para reduzir a pobreza e a desigualdade, valorizar as pessoas e o território, realçando que não é uma repetição do programa Novas Oportunidades. O programa Qualifica identifica o perfil de cada candidato, capacidade e potencial e personaliza e adapta o programa.
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