A Coordenadora Distrital de Évora do Bloco de Esquerda (BE), Maria Helena Figueiredo, no seu comentário desta sexta-feira, 17 de Março, começou por falar sobre as noticias que dão conta da reposição das horas extra na função pública, em que os trabalhadores da Saúde receberão ainda este ano o valor do trabalho suplementar em 100%, dizendo que “percebemos que por questões de equilíbrio financeiro possa haver dificuldades”.
Ainda sobre o mesmo tema, a Comentadora da Rádio Campanário referiu ser preciso “justificar, esclarecer e dizer quando vão pagar”, acrescentando que mesmo que muito se tenha conseguido “ainda não podemos dizer que a reposição esteja completa”.
Contudo, fez referência aos grupos de trabalho que o seu Partido mantém com as equipas governamentais e disse que “nestes grupos, há uma revisão constante do que são os acordos e das partes que estão ainda para acertar”, “é nessa sede que as perguntas são feitas” afirmou Maria Helena Figueiredo e sublinhou que “a reposição de rendimentos permitiu, ainda que de forma tímida, um arranque da economia”.
Acerca do acordo de comércio livre designado CETA, entre a União Europeia e o Canadá, que tem vindo a ser rejeitado pelo BE e PCP, Maria Helena Figueiredo disse que “põem em causa, não apenas a sustentabilidade económica do espaço europeu como sobretudo a desvirtuam”.
No final do seu comentário semanal, a Coordenadora exemplificou com a situação do aumento salarial perante acordos semelhantes, referindo que as multinacionais “impugnam esses aumentos de salário mínimo, com fundamento em que perdem a espectativa de lucro” e atirou logo de seguida, “é absolutamente pornográfico, isto é inadmissível”.
Nas suas últimas declarações, ainda sobre o mesmo tema disse, “os Estados não deveriam aceitar este tipo de prevalência” e afirmou, “não podemos ter países reféns das multinacionais”.