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2,5 milhões de euros para requalificar o Salão Central Eborense, “edifício marcante do centro histórico”, declara o Presidente da Câmara de Évora (c/som)

O Salão Central Eborense, edifício centenário do centro de Évora, será alvo de requalificação, no valor de 2,5 milhões de euros.

A Rádio Campanário falou sobre o projeto com Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora.

Objetivando-se contrariar a tendência de abandono do centro da cidade, classificada pela UNESCO como Património da Humanidade, a requalificação do Salão Central Eborense, insere-se num Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Évora.

O edifício, que serviu predominantemente para a exibição de cinema, deverá “vir a funcionar como salão multiusos, sobretudo dirigido à área cultural”, avança o presidente do município.

O projeto apresentado pela equipa de arquitetos do Atelier Mob, encontra-se “a ser desenvolvido e terminado, prevendo-se a sua aprovação definitiva na próxima reunião de câmara”, adianta.

O projeto prevê, entre outros, a existência de um salão principal ajustável a diferentes configurações, com capacidade para 182 espetadores, uma sala de ensaios, a colocação de um elevador no edifício, assim como de uma cafetaria no terraço, com miradouro,

O Salão Central Eborense, pertencente ao município há mais de 30 anos, “há décadas que está desativado, está degradado”, diz o autarca.

Apesar de em mandatos anteriores se ter ambicionado a obra, chegando “a ter lá informação de que iria ser recuperado”, apenas agora se conseguiu o “financiamento necessário e o projeto adequado”, explica.

O Presidente Carlos Pinto de Sá, explica que o projeto requer parecer e aprovação de vários agentes culturais, como a Comissão de Artes e Arquitetura do Município, e a Direção geral de Cultura, “uma vez que estamos a falar de um edifício emblemático, que fica no centro histórico de Évora, junto à Praça do Geraldo, à Sé. Portanto, um edifício marcante do centro histórico”.

Tendo havido necessidade de adaptações da maquete inicialmente apresentada, para ir ao encontro das opiniões de todos os agentes culturais, “neste momento estão a ser concluídas as especialidades”, encontrando-se o projeto “praticamente concluído”.

O autarca acredita que, se o projeto decorrer como planeado, a candidatura a fundos será apresentada até ao final do mês de Maio, “e a partir daí podemos desencadear o processo para concurso público para a obra do salão central”.

Recorde-se que a antiga sala de cinema, abriu portas a 23 de setembro de 1916, com capacidade para 784 espetadores, resultando da requalificação de um barracão anexo ao Hotel Eborense, ambos pertencentes ao empresário José Augusto Anes.

Numa fase inicial, funcionou durante quinze anos, sendo encerrado pela Inspeção Geral dos Espetáculos, devido a irregularidades de construção.

Com a exploração cedida a Manuel Themudo Baptista, e com projeto de Francisco Keil do Amaral, o edifício reabriu em Novembro de 1945, com a estrutura atual.

Encerrado no final dos anos 80, foi adquirido pelo município eborense em 1996, tendo sido utilizado esporadicamente, até ao seu abandono total.

Atualmente encontra-se deteriorado, devido às condições climatéricas a que se encontra sujeito, à falta de limpeza e manutenção, assim como em resultado de atos de vandalismo.

 

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