O eurodeputado Nuno Melo, eleito pelo CDS/PP, no seu comentário desta quinta-feira, 25 de Maio, começou por falar da condenação a 14 anos de prisão para Oliveira e Costa mediante o caso BPN, dizendo “não se tratou apenas da tarefa de um homem só”.
Segundo o Comentador da Rádio Campanário, é o “julgamento de um facto de extrema gravidade com enormes encargos, que ainda hoje os contribuintes suportam” em que “15 anos ou 16 anos para um julgamento é necessariamente muito tempo”, acrescentou.
O eurodeputado diz ainda que a Justiça “tarda demasiado”, estabelecendo uma ligação com “o caso Madoff” que nos Estados Unidos foi resolvido em 6 meses.
Em torno da possibilidade de o Estado português reaver alguma parte dos 9 mil milhões em que foi lesado, Nuno Melo diz que todos estes movimentos foram possíveis “porque Estado português, com os mecanismos que tem á sua disposição na supervisão, tendo factos conhecidos e perguntas sem respostas durante anos, não agiu”.
“estamos a falar de mais de 9 mil milhões euros”, refere Nuno Melo, acrescentando que “é uma barbaridade de dinheiro que não se eclipsou”, mencionando que “estamos a falar de dinheiro que em muitos casos está aí”, referindo propriedades, “offsores”, carros e “está ai utilizado”.
Terminando por dizer que na sua opinião, os condenados “vão ser uma expressão muito residual daqueles que terão estado envolvidos”.
Em torno da comparação de Mário Centeno a Cristiano Ronaldo, dito pelo Ministro das Finanças Alemão e com a aceitação de Marcelo Rebelo de Sousa, o Comentador da RC diz que “a avaliação é absolutamente desproporcionada”.
Segundo Nuno Melo “a descida de que o PS foi responsável no Governo foi uma descida de 2,98% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,1%”, acrescentando que “estamos a falar de zero virgula qualquer coisa”.
Diz ainda que a descida que o “PSD e o CDS foram responsáveis quando governaram, fi de 11,2% para 2,98%”, portanto “se nós tivéssemos que falar de Cristianos Ronaldos e Messis nas finanças portuguesas, certamente que não os estaríamos a encontrar neste governo do PS”.
Avaliando a prestação de Mário Centeno em torno do défice como “um Ministro que apresentou um resultado porque fez descer o défice (…) mas também precisamos que a divida diminua”, mencionou Nuno Melo referindo ainda que o ministro “tem permitido que a divida subisse a valores de 132%”.
Nuno Melo diz ainda que o valor da dívida é “recorde absoluto em Portugal”, e atira que “neste caso então será o frangueiro das finanças portuguesas, avaliado como guarda-redes e fez com que os golos entrassem todos”.
O eurodeputado diz ainda que “foi um mérito e um esforço dos portugueses”, depois “não será extraordinariamente meritório quem reduziu umas décimas do défice”, então “vamos ter em conta (…) aquilo que nós conseguimos”.