A Coordenadora Distrital de Évora do Bloco de Esquerda (BE), Maria Helena Figueiredo, no seu comentário desta sexta-feira, 26 de Maio, começou por falar acerca da greve que toma lugar no dia de hoje, dizendo que “muita gente se questionará porque é que a função pública faz greve”.
Segundo a Comentadora da Rádio Campanário, foi na função pública que “os grandes cortes foram efetuados nos últimos anos” e esta luta dos trabalhadores “tem a ver com a necessidade de reposição, de reversão dos cortes que foram feitos”.
A Coordenadora Bloquista, refere ainda que para todos os trabalhadores “não está reposto o horário das 35 horas”, o congelamento das carreiras, em que indica que “á quase uma década que(…)os trabalhadores não têm progressão na carreira”.
Maria Helena Figueiredo diz que “todos nós estamos muito satisfeitos “ com as melhorias na economia, e quanto aos trabalhadores “entendem que há condições para haver uma melhoria dos seus salários”.
Segundo a Comentadora da RC “a divida aumenta” mas “não é por força dos salários da função pública”, mencionando “as taxas de juros brutais” que anualmente se pagam relativamente aos empréstimos feitos pela Troika.
Acrescentando que “tivemos resultados líquidos positivos no último ano” e a economia “arrancou”, mencionando que “o que faz, muitas vezes, sustentar a economia é a procura interna e o consumo interno”.
“Esta greve não significa que amanhã todas as questões relativas as 35 horas estejam resolvidas”, indica a Coordenadora Bloquista e sublinha a importância de todos aqueles que têm poder de decisão “percebam que há uma classe profissional (…) que tiveram direitos cortados e que é preciso repor” referindo ainda que “há uma coisa muito importante que é integrar os precários da administração pública”.
Sobre a possibilidade das eleições autárquicas deste ano terem mais 70% de independentes comparativamente com as eleições anteriores, Maria Helena Figueiredo diz que a possibilidade de os cidadãos participarem sem ser no quadro partidário “é bem-vinda e é bom que as pessoas se motivem”.
“Guerras partidárias” e “algum descrédito nos políticos” poderão estar na origem destes movimentos, segundo a Comentadora da RC, referindo que “é bom que ela se renove”.
A terminar, Maria Helena Figueiredo diz que “é sempre de salutar quando as pessoas se envolvem na resolução dos problemas comuns”.