O deputado João Oliveira, eleito pelo círculo de Évora da CDU à Assembleia da República, no seu comentário desta quarta-feira, dia 5 de Julho, começou por comentar o roubo de material bélico na base militar de Tancos, dizendo que “a gravidade desta situação é indesmentível”.
Segundo o Comentador da Rádio Campanário “infelizmente, não é caso único nem na europa nem pelo mundo todo”, quanto á lista de material apresentada, refere que vem do mesmo órgão que noticiou o incêndio de Pedrógão Grande “sem nenhum jornalista ter sido identificado como autor”.
Contudo, o Governo “para fazer o desmentido tem que dizer quais são as armas furtadas”, relembrando que não seria conveniente para a investigação.
O deputado comunista relembra que “nos últimos 40 anos não havia vídeo-vigilância e a segurança era feita”, sublinhando que era “garantida por outras vias”, ao qual menciona o patrulhamento e condições das infraestruturas.
Ainda assim, João Oliveira considera “relevante” que o sistema de vídeo-vigilancia esteja avariado á dois anos sem ter tido reparo, e “resta saber como chegou ao ponto de colapsar”.
O deputado acrescenta ainda que as fragilidades nestes aspetos “não estão desligadas das opções da política de direita que tem sido seguida ao longo de anos”.
Questionado sobre a falta de respostas apresentadas pelo atual Governo em problemas já identificados, João Oliveira enumera “o que foi feito durante 40 anos a cortar sucessivamente orçamento de serviços públicos”, acrescentando que são problemas em que “ninguém pode estar á espera que eles sejam resolvidos nem em 2 anos nem em 10”.
Para o deputado, as consequências destes cortes “provavelmente vão perdurar por muito tempo” e relembra “a necessidade de assumir a opção contrária” para a resolução dos mesmos, esclarecendo que é “a opção de investir naquilo que é do Estado”.
Na possibilidade de se concluir que as opções politicam erradas levaram a que isto acontecesse, o deputado comunista refere que é preciso “mudar as opções políticas”, referindo que se tal não se verificasse, “todas as demissões de ministros (…) tinham resolvido os problemas”.
Em comentário sobre as recentes notícias que referem o buraco financeiro da Caixa Geral de Depósitos (CGD) como consequência da crise, o Comentador da RC refere que “custa muito acreditar nessa versão”.
João Oliveira menciona situações referentes ao crédito e “um conjunto de opções” relativamente a práticas especulativas, ao qual acrescenta que “era muito difícil que se conseguisse fazer um escrutínio de todas as questões da CGD se a levar para um buraco”.
