A associação ambientalista Quercus acusou a Câmara Municipal de Moura de ter destruído uma ”parte considerável” de galerias ribeirinhas protegidas pela União Europeia com a obra de intervenção na Ribeira da Perna Seca em Sobral da Adiça.
Segundo a Quercus, trata-se de um habitat dominado por duas espécies de arbustos, tamujo e loendro de grande importância, para espécies de peixes protegidas e presentes na ribeira.
Em declarações à Rádio Campanário José Paulo Martins da Quercus referiu que se trata de uma área protegida que pertence à Rede Natura, não compreendendo como é possível que se façam este tipo de obras em linhas de água.
O responsável da Quercus pretende agora obter respostas dos responsáveis sobre esta intervenção.
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A Rádio Campanário falou com o presidente da Câmara Municipal de Moura que nos disse que esta obra foi licenciada pela ARH Alentejo em 2008, acrescentando que as outras entidades envolvidas não são da responsabilidade do município. José Maria Pós-de-Mina referiu que foi um processo moroso tendo sido ouvidas as entidades que se tinham que se pronunciar sobre a matéria, pelo que foi feito um licenciamento junto da entidade competente.
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Entretanto a Câmara Municipal de Moura emitiu um comunicado onde refere que o município “está disponível para em conjunto com o ICNF adotar medidas de minimização e compensação” e, “considerando o interesse manifestado pela Quercus nestas matérias, está disponível para encetar acções de cooperação com a Quercus na área da conservação da natureza e biodiversidade”.
