O Aeroporto de Beja, construído em abril de 2011, num investimento superior a 30 milhões de euros, encontra-se restringido à função de estacionamento de aeronaves.
Existe atualmente um projeto da empresa portuguesa Aeroneo, que visa a construção de uma unidade de manutenção e de desmantelamento de aviões no Aeroporto de Beja, num investimento estimado de 35 milhões de euros. O processo de instalação da unidade, tem sofrido sucessivos atrasos, por questões burocráticas.
Após meses aguardando autorização do Governo, a empresa espera agora “uma assinatura necessária por parte da Força Aérea Portuguesa”, como informou a Câmara Municipal de Beja, em comunicado à comunicação social, onde lamentou os “atrasos sucessivos”, na implementação de um projeto que traria desenvolvimento e postos de emprego, para toda a região.
Recorde-se que a Aeroneo anunciou em 2015, a intenção de construir uma unidade de manutenção e desmantelamento de aviões, e de valorização de ativos aeronáuticos, no Aeroporto de Beja. O projeto estimava a criação de 100 postos de trabalho. No mesmo ano, foi assinada uma licença de ocupação para construção e exploração da unidade no aeroporto, entre a Aeroneo e a ANA – Aeroportos de Portugal (empresa concessionária da infraestrutura aeronáutica).
Em abril do presente ano, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que reconhece o projeto da Aeroneo como de interesse público, prevendo a criação de 40 postos de trabalho diretos em 2017, e que desafeta do domínio público militar um terreno da Base Aérea nº 11, para a construção da unidade de desmantelamento e manutenção de aviões, na área do Aeroporto de Beja. A desafetação vigorará pelos 15 anos do contrato com a Aeroneo.