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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Não existe quantidade, mas existe muita qualidade”, diz proprietário da Herdade das Servas, sobre vindima em curso (c/som)

A situação de seca sentida em Portugal, pelo terceiro ano consecutivo, aliada às altas temperaturas, tem tido efeitos em toda a atividade agrícola, nomeadamente na vinha.

A Herdade das Servas, localizada próxima de Estremoz (Évora), à semelhança da situação registada em todo o país, viu o início da sua vindima ser “bastante antecipado, quase um mês de diferença”, como diz Luís Serrano Mira, coproprietário e administrador, em declarações à Rádio Campanário.

Encontrando-se a vindima ainda a decorrer, e pelos dados auferidos até ao momento, Luís Serrano Mira avança que a produção apresentará de “30% a 40% de quebra, em relação ao ano passado”, ano em que também foi registada uma quebra.

Apresentando “menos quantidade de uva”, afirma que será, contudo, “uma vindima com muita qualidade”.

O proprietário da Herdade das Servas explica que, a precipitação registada ao longo do presente ano, não está fora dos valores normais, estando o problema relacionado com a altura em que a mesma ocorreu. “É preciso chuvas na primavera, que não houve”, conclui.

A Herdade das Servas exporta para 18 países, sendo a maioria das suas exportações absorvidas pelo mercado chinês, estadunidense e malásio. A maioria da sua produção, 85%, é destinada ao mercado nacional.

A Herdade das Servas é propriedade de Luís Serrano Mira e do seu irmão Carlos Serrano Mira, detendo a família um património vinícola de 300 hectares, dividido em quatro vinhas. A vinha das Servas, foi plantada em 2007, tendo as restantes idades compreendidas entre os 25 e os 65 anos. A produção de vinho apresenta-se como uma tradição familiar com 350 anos (13 gerações).

 

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