Foi detetado no final do mês de Junho uma bactéria na Península Ibérica que devastou meio hectare de amendoeiras, na província espanhola de Alicante, na região de Valência, que foi gerando o pânico entre os agricultores da Andaluzia.
A preocupação chegou aos agricultores alentejanos, visto que para esta bactéria (Xylella fastidiosa) não foi encontrada nenhuma cura, pelo qual, em declarações à Rádio Campanário, Paulo Velhinho, diretor da Cooperativa de Olivicultores de Borba, garante que os olivicultores estão alerta para a perigosidade da doença.
Paulo Velhinho sublinha que os olivicultores associados à Cooperativa de Borba tomaram conhecimento do que sucedeu no país vizinho, e afirma ser “uma situação muito alarmante” por ser uma bactéria que “não tem cura”.
Ao ser fustigado por esta bactéria, o olival “tem que ser completamente destruído e queimado, e um grande perímetro em volta, por uma questão de quarentena, tem que ser tudo destruído”.
O diretor relembra ainda casos em Itália, onde já foram afetados olivais, e recomenda a “vigia” como prevenção, acrescendo que, caso venha a contaminar as oliveiras em solo português, “automaticamente vão ser arrancadas as árvores, queimadas e vai se gerar um perímetro de segurança em volta”.
Paulo Velhinho demonstra ainda preocupação pela necessidade de não se poder cultivar um terreno fustigado por esta bactéria por um período de “um ano ou dois”, de forma a evitar que fique eliminada do solo.