Os Bombeiros Voluntários de Vila Viçosa encontram-se em missão de combate aos incêndios que têm devastado a região Centro e Norte do país, tal como refere o Comandante Nuno Pinheiro.
Em declarações a esta estação emissora, o comandante indica que “os nossos Bombeiros estão num incendio na Lousã com um veículo de combate”, bem como “o Segundo-Comandante e um motorista, no mesmo incêndio, a comandar outro grupo misto de Setúbal e Évora”.
Em relato sobre o teatro de operações, Nuno Pinheiro afirma que “é uma situação desoladora”, revelando “grandes dificuldades no combate” devido aos ventos fortes.
De acordo com o ultimo contacto estabelecido com a equipa no terreno, o fogo encontra-se “ativo” e “tinha várias frentes”, tendo estado as equipas de Vila Viçosa “em trabalhos de combate às frentes destinadas na missão”, sublinhando que, “estava tudo bem com os nossos bombeiros, com o grupo do distrito de Évora”.
O comandante indica que as condições climatéricas têm oferecido grandes dificuldades, acrescentando que “somos seres humanos, tentamos fazer o nosso melhor, e por vezes não somos capazes”, algo que se tem registado com o número de vítimas, onde “as pessoas querem enfrentar, mas o fogo é mais forte que nós em certos momentos”.
“Penso que seja mão criminosa, não há ali neglicência agrícola ou de qualquer situação de trabalho”, referiu Nuno Pinheiro sobre os incêndios que deflagraram no passado fim de semana (14 e 15 de Outubro), sobre o qual afirma que “não começam a arder tantas ignições só por arder”.
Na sua opinião, “não devíamos dizer se vais estar alerta vermelho ou muito vento”, sustentando que “estamos a informar o inimigo para o cenário que vai aparecer”, e “se calhar, alguns aproveitam para fazer estas situações”.
Fazendo referência ao elevado número de incêndios que a Proteção Civil informou, havendo começado em horas semelhantes, “se não for mão criminosa como é que começam?”, questionou.
Nuno Pinheiro confirma “um ano difícil”, onde os bombeiros de Vila Viçosa “desde Junho que estão empenhados”, fazendo parte de “todas as mobilizações do distrito de Évora”, sobre o qual acrescenta que, “felizmente, não temos tido feridos nem problemas de maior”.
Segundo o comandante, “as autoridades terão que pensar como é que vão conseguir fazer alguma prevenção e vigilância”, motivando a afirmação de que “o Estado tem que pensar em por alguém da autoridade nas serras e nos matos”.
Após terminar a fase crítica de incêndio, Nuno Pinheiro reitera a aposta “na prevenção antes de haver ocorrências”, e logo depois, “começar com alguém que diga às pessoas que têm que fazer limitações de limpeza”.