Na sequência de uma queixa-crime apresentada pela Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA), o Ministério Público está a investigar a alegada destruição de património arqueológico, como resultado de movimentação de terras no âmbito de trabalhos agrícolas (plantação de amendoal), numa herdade do concelho de Beja.
Recorde-se que, como noticiado anteriormente pela Rádio Campanário, a DRCA apresentou, no passado dia 31 de agosto, uma queixa-crime contra a empresa De Prado Portugal, com pedido de suspensão imediata dos trabalhos.
Em declarações à RC, Ana Paula Amendoeira, Diretora Regional de Cultura do Alentejo, afirmou que os proprietários foram notificados da existência dos sítios arqueológicos, tendo, contudo, prosseguido com os trabalhos de movimentação de terras. Mais acrescenta que, se a suspensão dos trabalhos solicitada “ao senhor procurador do ministério, junto do Tribunal Judicial de Beja”, tivesse sido “imediata”, não teria havido destruição do património identificado no Plano Diretor Municipal de Beja.