12 C
Vila Viçosa
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Situação Financeira das autarquias já foi tornada pública (c/som)

De entre os catorze municípios do distrito de Évora, nove melhoraram a saúde financeira, quando comparados os anos de 2011 e 2012. No total de todos os conselhos, três apresentavam saldo positivo. As conclusões são do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2011/2012, tornado público na passada semana e editado pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, com a colaboração do Tribunal de Contas e Universidade do Minho

No ranking dos 35 municípios de pequena dimensão com melhor saúde financeira são encontrados três do distrito eborense (Portel, Redondo e Viana do Alentejo), cinco de Portalegre (Ponte de Sor, Castelo de Vide, Arronches, Marvão e Gavião) e um de Beja (Mértola).

Na tabela dos municípios de média dimensão, Elvas surge na segunda posição, sendo o único representante do Alentejo. Em 2011 o balanço do endividamento líquido contava com um saldo positivo de 14 milhões e 331 mil euros. No ano seguinte o balanço foi ainda mais positivo, com um aumento de 1 milhão e 600 mil euros. A classificação no ranking nacional foi obtida depois de considerados 15 indicadores, tais como o prazo médio de pagamentos, investimento e peso da divida bancária de médio e longo prazo. Rondão Almeida, presidente da Câmara Municipal de Elvas, falou à Rádio Campanário sobre os resultados e mostrou-se orgulhoso com o alcançado. O edil salienta contudo que a nível autárquico há muito trabalho a fazer, principalmente ao nível das capitais de distrito.

{play}http://radiocampanario.com/sons/rondao%20anuario_17julho.MP3{/play}

É ainda importante referir que, de acordo com o relatório, e dimensão média dos municípios portugueses, com 34,5 mil habitantes, é superior à da maioria dos países europeus, informação que “é muito significativa no momento atual em que, no âmbito da reorganização da administração local, se discute a diminuição do número de municípios com o objetivo de aumentar a sua escala”.

 

As transferências do Estado têm diminuído desde 2010, ano em que, no total, as autarquias receberam menos 29,7 milhões de euros. No ano seguinte a quebra foi de 66,5 milhões e em 2012 foram ainda transferidos menos 54,4 milhões, quando comparadas as verbas com o ano transato. No polo oposto, a receita proveniente de fundos comunitários aumentou: em 2011 o acréscimo foi de 194,9 milhões (+46,7% do que no ano anterior) e em 2012 foi de 70,8 milhões (+11,6%). A despesa global dos municípios portugueses corresponde a 14,7% do PIB. “Este diminuto peso da despesa autárquica, no produto interno bruto, é indicador da centralização do serviço público”, informa o documento.   

 

Valores do Endividamento Líquido (em milhões de euros)

 

2011

2012

Vila Viçosa

– 4.960.365

– 5.045.577

Borba

– 11.949.523

– 11.019.360

Alandroal

– 17.674.726

– 19.013.321

Redondo

+2.690.268

+3.395.308

Estremoz

– 11.497.357

– 9.787.295

Reguengos de Monsaraz

– 15.522.383

– 16.935.286

Évora

– 71.742.765

– 68.253.821

Arraiolos

– 8.337.209

– 6.960.405

Montemor-o-Novo

– 5.801.821

– 4.183.425

Mourão

– 9.431.845

– 10.251.93

Portel

+ 1.475.655

+ 1.551.055

Mora

– 2.479.981

– 2.316.666

Viana do Alentejo

+599.059

+ 595.916

Vendas Novas

– 6.883.212

– 5.259.745

Populares