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Eleição do Conselho Intermunicipal da CIMAC num impasse, deve ser pedido “um esclarecimento à lei” diz José Calixto (c/som)

A eleição do novo presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) para o próximo quadriénio, na sequência das eleições autárquicas de 1 de outubro, continua num impasse por falta de acordo entre os autarcas do PS e da CDU, esclareceu José Calixto, candidato da lista socialista a este órgão, à Rádio Campanário.

Na reunião desta terça-feira, 5 de Dezembro, procedeu-se à votação através de voto secreto das duas listas apresentadas, uma pelo Partido Socialista (PS) encabeçada por José Calixto e outra pela Coligação Democrática Unitária (CDU) liderada por Carlos Pinto de Sá, que resultou entre os 14 votantes em 8 votos para os socialistas e 6 votos para os comunistas.

No entanto, segundo José Calixto, “há uma interpretação de que não estão reunidos os dois critérios”, não tendo sido eleito qualquer candidato para ocupar a presidência da CIMAC.

O autarca reguenguense recorda que no cenário do anterior quadriénio, em que a CDU reunia ambas as condições (maioria relativa de Câmaras e mais eleitores), “o Partido Socialista entendeu que não deveria deixar de reconhecer a derrota eleitoral”, sustentando que, em 2013 o PS com 5 câmaras “bastava ter os independentes do seu lado para serem 8 contra 6 [Câmaras CDU]”, e nessa altura, “não negociámos minimamente com os independentes”.

José Calixto aponta ainda à discrepância de eleitoras nos diferentes concelhos do Alentejo Central, sustentando que “quando está em causa a Câmara de Évora, obviamente, que o critério do número de eleitores pende quase automaticamente”.

Questionado sobre as conclusões da primeira reunião do Conselho Intermunicipal, José Calixto declara que o Partido Socialista “vai pedir um esclarecimento à lei”, considerando que “uma votação secreta em que um dos candidatos tem 8 votos contra 6, apenas resta esclarecer o que é que se faz quando não se obtém os dois critérios”.

O socialista diz ainda que poderá ser requisitada a intervenção a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) ou a própria tutela, referindo ser necessário que “alguém nos interprete uma lei, que tem um percurso grande até ser considerada uma boa lei”.

Na mesma reunião foi ainda decidido o representante da Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL), ao qual, José Calixto “admitiu de imediato querer colaborar” e “foi de imediato aceite” para o cargo.

 

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