Noticiado pela Rádio Campanário e de acordo com dados fornecidos pelo Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em véspera de Natal o Hospital do Espirito Santo de Évora ultrapassou os tempos de espera nas urgências gerais em cerca de 3 horas, nomeadamente doentes cm pulseira amarela.
Questionado por esta estação emissora, José Robalo, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, sustenta que os hospitais alentejanos “têm dado uma resposta adequada às necessidades” e os períodos de maior procura “têm sido resolvidos com o número de profissionais que temos”.
O responsável, que afirma não concordar com as afirmações da bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, que aponta ao Ministério das Finanças que ‘pela primeira vez não autorizar a contratação dos enfermeiros necessários para o período de contingência da gripe’, realçando que na maioria das urgências a ARS Alentejo “já está a adaptar os cuidados de saúde primários”, nomeadamente um maior número de profissionais nos atendimentos, para que os utentes possam recorrer às Unidades de Saúde Familiar (USF).
Questionado sobre novas colocações de profissionais, José Robalo confirma que “não vai haver [contratações]”, embora haja um “alargamento do horário em função daquilo que era habitual”, incidindo especialmente “nos concelhos de Évora e Arraiolos, uma vez que os restantes já têm os serviços necessários”, afirmando ainda que existe “um conjunto de prestadores de serviço que ajudam neste processo”.
Em torno do elevado tempo de espera do Hospital de Évora, o presidente da ARS Alentejo reconhece que “pode ter havido essa ultrapassagem [do tempo de espera recomendado]”, e garantiu que, “estamos a adequar a resposta juntamente com o Conselho de Administração do Hospital” e a “adequar o número de prestações de serviço”.