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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Armazenamento da Barragem do Lucefecit é insuficiente para campanha de rega primavera-verão, diz presidente da Assoc. Beneficiários (c/som)

A Barragem do Lucefecit, com uma capacidade total de 10 milhões m3, encontra-se atualmente a 19% da sua capacidade, com 1 milhão e 920 mil m3. Para a realização de uma campanha de primavera-verão, são necessários 7 milhões m3, explica à RC Gonçalo Morais Tristão, Presidente da Associação de Beneficiários do Lucefecit (Terena, Alandroal), caraterizando a situação vivida como “dramática”.

Com 117 hectares no seu perímetro de rega, os 700 mil m3 de água disponíveis na Barragem do Lucefecit são insuficientes para se iniciar uma campanha de rega.

A pouca precipitação registada nos últimos meses levou regantes a utilizar “alguma água nas culturas de inverno”, contrariamente ao que normalmente se verifica.

“Se não chover nas próximas semanas”, as culturas de primavera-verão poderão não se realizar, uma vez que a prioridade terá que ser concedida ao abeberamento de gado e “às culturas permanentes”, como olival e vinha.

“Vislumbro aqui grandes prejuízos para os agricultores”, declara o dirigente, apontando as consequências para a economia da região, no que concerne não só às cerca de 50 explorações beneficiárias, mas também às empresas que lhes venderiam sementes ou fitofármacos, e aos trabalhadores “que podiam estar ocupados e não estão. É uma situação socialmente e economicamente muito nefasta”.

A chuva surge como a única solução para os beneficiários do Lucefecit, uma vez que a barragem não apresenta nenhuma ligação ao Alqueva. Esta ligação “é um projeto que está em cima da mesa”, tendo já sido “publicamente” afirmado pelo Governo que “está para ser executado com o apoio do Banco Europeu de Investimentos”. Contudo, não se verificará no terreno “antes de 2021”.

Com ligação ao Alqueva, “o problema que está a acontecer este ano, era se não resolvido, pelo menos muito amenizado”. Até á data apontada, é necessária precipitação “para podermos fazer as nossas campanhas normais de rega”, conclui.

 

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