Em Estremoz, a União de Freguesias de Ameixal e a União das freguesias de São Bento do Cortiço e Santo Estêvão têm até 15 de Março para concluírem todo o processo de limpeza das matas, tal como reiterou o Governo.
Em declarações à RC, o autarca do município estremocense, Luís Mourinha afirma que a medida do Governo “foi muito em cima [do limite], até porque cada concelho pode ter necessidades mais urgentes e outros menos urgentes”, ou até os “equipamentos disponíveis” para efetuarem a limpeza das matas.
Para o autarca, o limite de 15 de Março para a limpeza das matas “não faz sentido”, justificando que “alguns terrenos agradeciam cortes mais tarde”, afirmando que, com as chuvas das últimas semanas, as ervas “estarão com uma altura superior a que estão neste momento em Maio”, mês que considera ideal para limitara a limpeza dos terrenos.
Ainda assim o concelho de Estremoz “está a fazer uma análise e a preparar os serviços para implementar a intervenção” nestas zonas definidas como prioritárias, em que segundo as informações divulgadas os municípios vão fazer os trabalhos em áreas que os proprietários não consigam realizar, tendo sido garantido pelo Governo o suporte financeiro desses custos.
Sobre a intervenção do município, Luís Mourinha refere que a autarquia “vai ter que ir ao banco no caso de haver muitas áreas que seja necessário intervir (algo autorizado pelo Governo sem terem que devolver dinheiro ao Estado)”, lamentando que a medida tenha sido implementada de “um dia para o outro, onde deveria ser pensada com um ano de antecedência”, motivo pelo qual afirma que o financiamento do Governo “é mais um embrulho dentro do embrulho que já foi feito”.
Sousel é outro dos municípios a quem o Governo decretou prioritária a limpeza das matas, a Rádio Campanário tentou o contacto com o presidente da Câmara, ao qual não foi possível estabelecer.
