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Hospital de Évora: “Contratação de pediatras em prestação de serviços” será medida para evitar rotura das Urgências, diz presidente da ARS Alentejo (c/som)

Recentemente, os pediatras do Hospital Espírito Santo de Évora, alertaram para uma possível rotura do serviço de urgências da especialidade por falta de profissionais, através de documento enviado ao conselho de administração do HESE, Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, Ordem dos Médicos, Sindicato Independente dos Médicos e Federação Nacional dos Médicos.

Em declarações à Rádio Campanário, José Robalo, presidente da ARS Alentejo, afirma que “não é aceitável que haja qualquer rotura nos serviços de pediatria”.

Prendendo-se a questão com a falta de médicos especialistas, as medidas de caráter urgente apontadas pelo dirigente passam pela contratação de “profissionais em prestação de serviços, uma vez que os concursos provavelmente demorarão mais tempo”.

Mais afirma que “o conselho de administração está disponível para contratar novos pediatras que se queiram vincular ao hospital” através de um contrato, nomeadamente os 8 internos que atualmente fazem formação na unidade.

Questionado sobre esta possibilidade, perante o reduzido número de profissionais que escolhem exercer nas unidades de saúde do interior do país, replica que dos 3 médicos internos formados no passado ano pelo hospital de Évora, apenas 1 não assinou contrato.

O serviço de pediatria do Hospital Espírito Santo de Évora tem 30 médicos, dos quais 8 são internos de especialidade. “Deste conjunto de profissionais, existem cerca de 10 que têm idade que já permite pedir dispensa do serviço de urgência” (mais de 50 anos), sendo que dos 12 profissionais disponíveis para urgência, devido a outras atividades que requerem os seus serviços, nomeadamente consultas e a unidade de cuidados intensivos da pediatria, apenas 7 asseguram as urgências.

As equipas de serviço de urgência são constituídas por “1 pediatra, e 1 médico interno da especialidade sob tutela desse pediatra” ou 1 médico de clínica geral, sendo que “entre as 16h e as 24h existe um terceiro elemento”.

O “conjunto de profissionais” que atualmente fazem prestação de serviço “garantem que esta urgência possa permanecer com este esquema”, dando resposta às cerca de 50 consultas pediátricas na urgência por dia, das quais 15 são críticas (em média).

O documento enviado pelos pediatras da especialidade será na tarde desta terça-feira, dia 13 de março, sujeito “a uma análise mais fina” por parte das entidades responsáveis.

O presidente da ARS Alentejo, afirma que a rotura nos serviços pediátricos tem de ser evitada “a todo o custo”, estando a ser desenvolvido trabalho para identificar profissionais, e assim evitar que “haja qualquer perturbação na qualidade dos serviços e na continuidade de prestação de cuidados à população, particularmente na área específica da pediatria”.

 

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