O Ministério Público do DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Évora, no âmbito de um inquérito que dirige, procedeu esta terça-feira, dia 17 de abril, a diligências de busca e apreensão de elementos de prova nas instalações da RTP, em Lisboa, e nos serviços de empresa municipal Águas de Santarém, na localidade.
Em investigação, encontram-se as circunstâncias em que a Águas de Santarém pagou duas faturas inerentes aos custos associados a gravação de um programa da RTP, no qual Francisco Moita Flores, ex-autarca de Santarém e administrador da referida empresa era comentador residente remunerado.
Considerando a denúncia apresentada e os elementos de provas até então recolhidos, os factos suprarreferidos terão ocorrido em 2012, “podendo estar em causa, eventualmente, a verificação do crime de abuso de poder”, segundo informações do DIAP de Évora.
A diligência na RTP foi presidida pelo juiz de instrução, sendo que em ambas, os magistrados foram coadjuvados por elementos do NAT-PGR (Núcleo de Assistência Técnica-Procuradoria Geral da República) e da PSP (Polícia de Segurança Pública).
Até ao momento, não foram constituídos arguidos.