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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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25 de Abril na Assembleia Municipal de Vila Viçosa foi marcado por apelos ao consenso e várias críticas a todas as forças políticas (c/som e imagens)

No decorrer da Sessão Solene da Assembleia Municipal de Vila Viçosa, que se realizou esta quarta-feira, dia 25 de abril, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Vila Viçosa, e que foi transmitida em direto pela Rádio Campanário, a Rádio Campanário (RC) falou com os representantes das forças políticas aí representadas, sobre o teor dos seus discursos, onde se falou de consensos, mas também de críticas às várias forças políticas do concelho.

O Presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa, Manuel Condenado, referiu que “foi a tónica de praticamente dos os discursos, de manter vivo e continuarmos a trabalhar para aprofundar a Democracia”, pois “a Democracia nunca está totalmente consolidada e adquirida”, sendo “um trabalho que se faz no dia-a-dia, é necessário melhorar a qualidade da Democracia e isso faz-se de facto com ações concretas e neste caso, ações que vão no sentido de melhorar a qualidade da população”, em especial “dos nossos munícipes, desenvolver o nosso concelho a todos os níveis”, quer “a nível social, a nível  cultural, a nível económico”.

Ao mesmo tempo, o Presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa diz que a solução governativa nacional encontrada na Assembleia da República, “foi uma boa solução, do meu ponto de vista”, pois “o governo do PS, com o apoio do PCP, dos Verdes e do BE, fez o que lhe competia na reposição de direitos que tinham sido roubados às populações, aos trabalhadores”, ainda assim “consideramos que se podia ir mais além e que se deve ir mais além”, sobretudo “na melhoria dos serviços públicos”, para colmatar o seu discurso onde “eu fiz referência à Saúde, podia ter feito referência à Educação, às Artes, a outras áreas da nossa vida social”.

Manuel João Condenado terminou as suas declarações à RC afirmando que “os consensos são possíveis, com trabalho, com diálogo, e é isso que os calipolenses esperam de nós”.

Após um discurso acutilante, com várias críticas ao executivo, Diogo Ferreira, membro da Assembleia Municipal pelo PS, diz que “o PS confirma que são necessários muitos investimentos para dar resposta a uma série de problemas”, contudo “achamos é que a forma de dar solução a esses problemas não é esta”. Nomeadamente, “referindo a questão do problema das águas, onde houve uma grande celeuma pelo PS ter votado contra todos os empréstimos que apareceram na anterior Assembleia Municipal, devo referir que o PS não está contra a resolução do problema da água, muito pelo contrário”, pelo que “o PS solicitou e sugeriu ao executivo da Câmara Municipal que fosse criado um Gabinete de Crise para que fosse feito um levantamento das reais necessidades do nosso conselho”, quer “a níveis de furos, a nível de sistemas de captação de água, seja a nível da rede de água, perceber o que é que se passa”, pelo que “o executivo da Câmara Municipal acha que esse Gabinete de Crise não faz falta”.

Sobre as críticas, levantadas no seu discurso, à coligação entre CDU e MUC, Diogo Ferreira diz que “há uma concertação de ideias e de ações entre o executivo CDU e o MUC”, numa “coligação”, onde “foram votados os orçamentos, foram votados os empréstimos, foi tudo votado”, numa “agenda onde ambos se revêm” e onde “o partido socialista não se revê” face ao programa eleitoral que apresentou nas últimas eleições.

Por seu turno, o Presidente da Junta de Freguesia de Pardais, eleito pelo MUC, Inácio Esperança, esclarece que “a perspetiva do MUC mudou, porque o concelho mudou e porque a coligação de forças mudou”, afirmando que “os partidos políticos devem fazer leituras da vontade popular e a vontade popular ditou uma mudança clara na constituição do executivo municipal”. “Neste momento a CDU não tem maioria e necessita de alguém, quer seja de alguém do PS ou de alguém do MUC, para conseguir fazer coisas”, pelo que “acho que não deve ser o MUC a bloquear o desenvolvimento e investimento no concelho”, considera Inácio Esperança.

Conutdo, o ex-vereador do MUC afirmou também que “o MUC não mudou de postura, quem mudou de postura foi o PS”, referindo que “o MUC não vota a favor de propostas da CDU, o MUC vota a favor de propostas que são propostas que estão no seu programa eleitoral e que ele faz, ou que faz a CDU, ou que faz o PS”. Por outro lado, Inácio Esperança dá como exemplos dessas mesmas medidas, que “o MUC votou com a CDU a favor do empréstimo para remodelação do Largo Gago Coutinho, e o PS também votou a favor, o MUC votou a favor das ETAR’s, o PS também votou a favor”, referindo que “onde não votaram a favor o PS e votou o MUC foi na questão das águas”. Defendendo ainda a proposta de admissão de 13 precários no quadro de funcionários do município “foi uma proposta do MUC, porque a CDU não o queria”.

Após a cerimónia RC tentou ainda obter declarações da deputada municipal do PSD, Sophie Pestana, cujo discurso referiu que ainda há muito dos ideais de Abril por cumprir sobretudo no interior, mas a social-democrata abandonou o edifício dos Paços do Concelho sem prestar declarações públicas.  

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