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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Presidente do IPP considera “simbólica” a distribuição de 1100 vagas de Lisboa e Porto por instituições de ensino superior do país (c/som)

O Governo anunciou esta semana uma diminuição em 5% do número de vagas em nove instituições de ensino superior de Lisboa e Porto, que resultará em mais de 1000 vagas que serão distribuídas pelas instituições de ensino superior do país.

Em declarações à RC, Abano Silva, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), diz que esta medida “é simbólica” de um esforço do Ministério do Ensino Superior em “ajudar as instituições do interior a crescer”, mas que “provavelmente, em primeiro lugar, serão favorecidas as instituições que estão no litoral”.

Tendo havido anos em que se verificou “uma contenção de vagas […] é a primeira vez que está a haver uma redução de vagas no litoral”, aponta, sendo esta de 5%, que se traduz em cerca de 1100 vagas.

Apesar de apontar a possibilidade de instituições próximas dos grandes centros serem “favorecidas”, nomeadamente Aveiro, Braga, Minho ou Setúbal, pela proximidade, vê esta medida como uma tentativa de “não deixar centralizar tanto o Ensino Superior nas cidades de Lisboa e do Porto”, “que têm mais de metade dos alunos do país”. Para o interior “é simbólico, mas é importante”, declara.

O IPP irá ganhar 25 vagas, passando de 511 para 536 vagas, que serão distribuídas por “áreas estratégicas […] e fundamentais para o desenvolvimento da região” como a engenharia informática, “cursos decisivos quer para a estratégia nacional de desenvolvimento científico, quer para a estratégia regional inteligente”.

Contudo, avança que a proposta do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos ao Ministério, foi “diferente”, sendo que pretendia que as vagas suprimidas em Lisboa e Porto fossem distribuídas apenas pelas instituições do interior, sendo que as do litoral manteriam o número de vagas do ano anterior. O Ministério considerou necessária uma “avaliação deste processo atual”.

O presidente do IPP afirma que “o Alentejo não pode ser só um destino de férias, tem que ser um destino de desenvolvimento”, em que existe qualificação e fixação de pessoas. Para tal, defende, é necessário um trabalho conjunto das instituições de ensino, com as autarquias e com o Governo.

 

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