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“É preciso fazer o que for necessário” para que “Beja não fique de fora da rede de ferroviária com qualidade” (c/som)

O eurodeputado Carlos Zorrinho, eleito pelo PS, no seu comentário desta terça-feira, dia 19 de junho, começou por falar do Programa Nacional de Investimentos 2030, que parece excluir o investimento ferroviário no Alentejo, para depois abordar os dados do Relatório de Primavera 2018 do Observatório Português do Sistema de Saúde, que diz que os enfermeiros contratos servem apenas para colmatar a redução de horários.

Sobre os investimentos para 2030 Carlos Zorrinho admite que “teria que ver em detalhe” os investimentos previstos, cuja notícia do Público avança que ficará de fora a modernização do pequeno troço entre Casa Branca e Beja, mas “se for assim acho que faz todo o sentido que, em particular os deputados do Alentejo, mas também todos os outros, se sensibilizem para que a decisão final não seja essa”. Isto “sobretudo depois de se fazer a grande linha e o grande investimento que é o investimento entre Sines e a Europa, que será inicialmente um investimento de mercadorias, mas eu estou convencido que evoluirá para uma rede também de serviço complementar de passageiros”, pelo que “depois temos que criar todas as sinergias e uma sinergia óbvia é que faz todo o sentido que Beja também fique ligada a esta rede” e “com qualidade”.

Por isso “é preciso fazer aquilo que for necessário” e “eu próprio também o farei”, para que “Beja não fique de fora da rede de ferroviária com qualidade”, afirmou o eurodeputado socialista.

No que diz respeito ao Relatório de Primavera de 2018, que afirma que os 3.000 enfermeiros contratados apenas chegam para “tapar buracos” da redução de horário, para as 35 horas, Carlos Zorrinho, afirma que “nós não podemos ter tudo ao mesmo tempo”. Se por um lado o SNS “precisa de mais gente”, por outro lado, “as várias classes profissionais reivindicaram” a “redução do horário de trabalho”, pelo que “isso significa um período de transição” e, por isso, “vai ser importante continuar a apostar nos recursos humanos” e “vão ser necessárias mais pessoas”, com esta redução.

Contudo, “é um processo que o Governo está paulatinamente a resolver e que vai continuar a resolver”. Assim como a discrepância entre os números exigidos pelos sindicatos e os avançados pelo executivo, no que diz respeito à contratação de novos profissionais, é uma análise que “depende de parâmetros”, mas “o mais importante é a batalha pela qualidade dos serviços” que “é um processo contínuo” e “em média temos um grande Serviço Nacional de Saúde”, embora “na prática há locais onde ele não funciona tão bem e é aí que se tem que corrigir”.

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