Segundo notícia avançada hoje pelo Público, existem já cerca de 40 projetos listados no Programa Nacional de Investimentos 2030, metade dos quais ferroviários, mas tudo indica que a modernização do troço entre Beja e Casa Branca está fora desse programa.
O Governo inicia esta terça-feira uma discussão pública sobre o Programa Nacional de Investimentos para definir as prioridades dos investimentos infraestruturais estratégicos de médio e longo prazo nos sectores da Mobilidade e Transportes, Ambiente e Energia. Segundo notícia avançada hoje pelo jornal Público, de acordo com fonte oficial do Ministério do Planeamento e Infraestruturas, serão realizados debates temáticos em todo o país de modo a obter contributos para esse desígnio.
Por outro lado, entre os projetos com que este debate vai arrancar, estão a modernização da linha de Cascais, a quadruplicação do troço Braço de Prata – Chelas, a passagem a via larga da linha Espinho – Oliveira de Azeméis, a conclusão da modernização da linha do Algarve e a duplicação do troço Bombel – Poceirão (no âmbito do eixo Sines – Badajoz para mercadorias). Bem como a modernização do troço norte da linha do Oeste, entre Caldas da Rainha e Louriçal, e a modernização do ramal de Alfarelos à Figueira da Foz, que vão dar sequência aos investimentos do Ferrovia 2020 (atualmente em curso). Mas ao que tudo indica, o Alentejo e o Douro estarão fora destes projetos.
Já este ano, a 27 de abril, várias entidades do distrito de Beja, entregaram ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, uma carta aberta dirigida também ao Primeiro Ministro e ao Ministro das Infraestruturas de Portugal, manifestando insatisfação pela conclusão tardia do IP8 e da eletrificação da linha ferroviária Beja – Casa Branca. Ao que que o autarca de beja apontou a necessidade de o Governo reparar que Beja “contribui com 120 milhões de euros por ano para a riqueza” e de dotar o concelho “de condições para que seja um elo mais forte do território nacional”, num “país mais coeso, mais forte, com uma Beja plenamente integrada”.
Por outro lado, conforme a Campanário também noticiou, a 3 de maio, o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas anunciou que “o Governo pretende melhorar a qualidade de serviço na Linha do Alentejo com a utilização de automotoras bi-modo”, garantindo que o concurso público para a aquisição dos equipamentos deverá ser lançado “até ao final do 1.º semestre” deste ano. Mas não são conhecidos quais quer investimentos para o troço entre Beja e Casa Branca da Linha do Alentejo, com 63 quilómetros, não está eletrificado, e é hoje assegurado por uma frota de automotoras diesel, com idade média superior a 50 anos, de baixas velocidade.