O município de Borba assinou, esta segunda-feira (25 de junho), o contrato para a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), num investimento superior a 1 milhão e 100 mil euros que vai colocar no terreno uma infraestrutura à muito reclamada pela população desta freguesia, que tem nos afluentes das queijarias o seu principal problema.
No entanto, aquilo que aparenta ser uma simples empreitada vai ser algo inovador, pois na apresentação foi lançado o desafio para a construção de uma ETAR autossustentável, isto é, que ofereça a garantia de um “tratamento da água e afluentes com o mínimo custo associado”, explicou Barnabé Pisco, do Conselho de Administração da EPAL – Empresa Pública das Águas Livres.
Pretende-se com isto que a ETAR possa ser “dispensada de estar conectada à rede pública elétrica”, ganhando assim “independência total” no que diz respeito à produção energética, uma veza que grande parte dos custos do tratamento de água advém da fatura elétrica.
Assim, Rio de Moinhos receberá o que “será uma das primeiras ETAR a construir com este princípio e filosofia”, mas algo que a empresa EPAL não quer que seja única, pois considera esta inovação uma “boa prática” e que pretende “replica-la”, acrescentou.
Também à RC, Óscar Rodriguez, Administrador e Diretor de Operações da Espina & Delfín, empresa a quem foi adjudicada a obra, recorda que, em termos gerais, este tipo de infraestrutura costuma ser instalada “longe da rede de distribuição elétrica, na qual o ramal elétrico é complexo e caro de fazer”.
Das infraestruturas similares que a empresa tem feiro, o administrador não conhece nenhuma igual, referindo que será “uma nova experiência” em que a empresa é a “principal interessada em analisá-la e que saia bem”, acrescentou.