No distrito de Beja residem atualmente mais de 3600 pessoas de etnia cigana (2065 dos quais crianças), que correspondem a 2,4% da população do Baixo Alentejo, distribuídas por 737 famílias.
Destas, 70% vivem em casas de alvenaria, 17% em barracas e 13% em tendas ou rulotes, segundo dados do Núcleo Distrital de Beja da EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza, divulgados em julho de 2018.
Beja e Moura surgem como os concelhos que concentram o maior número de cidadãos desta etnia e onde estes representam uma maior percentagem da população. No concelho de Moura, os 983 cidadãos ciganos representam 6,48% da população, enquanto em Beja representam 3,89% da população total, com 1399 residentes de etnia cigana.
No que concerne às condições de habitação, o concelho de Alvito (40 cidadãos ciganos) é o concelho mais afetado em termos percentuais, com 60% da sua população cigana a residir em barracas e 40% em habitações de alvenaria, seguindo-se Moura (983), Serpa (469) e Cuba (69) em que são registados 50% em ambas as condições.
Em termos absolutos, destaca-se Beja com 65% dos 1399 residentes a morarem em habitações de alvenaria, 32% em barraca e 3% em tenda.
Em Mértola, Barrancos e Ferreira do Alentejo, 100% da população cigana encontra-se a residir em habitações de alvenaria, e em Almodôvar, 90%, sendo que os restantes 10% habitam em tendas.
Não existe registo de qualquer família cigana a residir no concelho de Ourique.
Segundo a Associação dos Mediadores Ciganos de Portugal (AMEC), esta comunidade era composta por 2048 pessoas em 2010, tendo aumentado 79% até 2018, segundo os dados agora revelados. Contudo, anteriormente em declarações à RC, Pudêncio Canhoto, enquanto mediador municipal de Beja, da Associação de Mediadores Ciganos de Portugal (AMEC), apontara falta de precisão nos dados.