Foi recentemente anunciada a criação da Associação de Proprietários e Beneficiários do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (APBA), uma entidade que visa representar os interesses legítimos dos seus associados, junto de todas as entidades oficiais.
Primeiramente, surgem as “preocupações dos proprietários dos prédios rústicos beneficiados pela água do Alqueva, que são, em primeira e última instância, os principais beneficiários, mas também os responsáveis pelos pagamentos de todos os custos (água, taxa de conservação, etc.) e são igualmente os primeiros interessados em que toda a infraestrutura se mantenha em excelentes condições de funcionamento”, aponta a associação.
Anteriormente, não existia “nenhuma entidade juridicamente constituída que representasse os seus legítimos interesses […], e que se possa assumir como interlocutor privilegiado e porta voz dos interesses específicos de todos os beneficiários diretos e indiretos do empreendimento”.
A Associação pretende assim uma colaboração com entidades como “o Governo, as autarquias, a administração pública, a EDIA, a EDP, as Infraestruturas de Portugal, as operadoras de telecomunicações”, visando o desenvolvimento de “uma estratégia e um plano de longo prazo que assegure a conservação, a manutenção, a sustentabilidade e a competitividade de Alqueva para as próximas gerações.”
A Associação destaca ainda a relevância deste empreendimento em Portugal, que “em apenas três anos após a sua conclusão já está a regar 90 000 hectares, mais de 80% da área regada” e que em períodos de seca, como se verificou em fevereiro desde ano, em que surgiu como “a única bacia hidrográfica que tinha condições de assegurar uma campanha de rega e de abastecimento público em condições normais […] com um nível hidrológico de 67%”.
