Ficaram por preencher 18 das 27 vagas para colocação de recém-especialistas em medicina geral e familiar no Alentejo, no último concurso aberto.
“Só 9 médicos é que quiseram vir para cá”, aponta José Lopes, vogal do Conselho Diretivo da ARS (Administração Regional de Saúde) Alentejo, em declarações à RC.
No Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Alentejo Central, foram preenchidas 4 das 6 vagas através de concurso, tendo ainda sido colocados 2 médicos por mobilidade.
No Norte Alentejano, foram preenchidas 2 em 5 vagas, no Baixo Alentejo foram preenchidas 2 em 9 vagas, e no Litoral Alentejano 1 em 7.
Foram 18 as vagas que ficaram por preencher na região, não tendo sido preenchidas quaisquer as vagas abertas nas Unidades de Avis, Fronteira, Moura, Barrancos, Mértola, Grândola, Odemira e Alcácer do Sal.
O dirigente afirma que a pretensão é “ter o mapa de pessoal com as pessoas que são necessárias para responder às necessidades da população”, sem necessidade de recorrer a tarefeiros ou contratações a prazo, “mas não nos tem sido fácil garantir essa situação”.
Questionado sobre a nacionalidade dos médicos de família existentes na região, em grande parte estrangeiros, afirma que, independentemente da nacionalidade, “a ideia é que cada vez mais não tenhamos pessoas à tarefa ou a contrato”.
O número de médicos de nacionalidade estrangeira, tem vindo a ser despoletado pela proximidade com Espanha e por acordos passados com países como Cuba, explica, demonstrando vontade que, se possível, “eles entrassem para um vínculo mais definitivo”.
“Enquanto não tivermos o mapa de pessoal com esse tipo de caraterísticas, vamos tentando, com os médicos que estão disponíveis para vir para o Alentejo”.
A nível nacional, o concurso lançado no final de julho disponibilizava 378 vagas para jovens médicos de família, tendo 86 ficado desertas, a maioria em unidades da região de Lisboa e Vale do Tejo, seguida do Alentejo.