Da comida à moda, do design à escultura, passando pela música e “oficinas onde os autores e os criativos vão explicar como é que fazem as suas peças”, a Fundação Eugénio de Almeida está com “grandes espectativas” para a 2ª Edição do Évora Creative Market, que terá 50 expositores e decorrerá no Páteo de São Miguel, como “um ponto de encontro”, de 14 a 15 de setembro, conforme explicou o coordenador do projeto, Rui Carreteiro, à Campanário.
“O Évora Creative Market é também um momento para a divulgação do património”, sublinha Rui Carreteiro, uma vez o Páteo de São Miguel, onde decorre o vento, “foi o antigo castelo de Évora” e “o que vai acontecer aqui é um mercado criativo muito virado para o presente e para o futuro, que mostra projetos de autor”, com “uma grande dimensão empreendedora e que criam riqueza por si só e que dinamizam o mercado”.
Além disso, enquanto sede da Fundação Eugénio de Almeida, no coração da cidade, “queremos que esta centralidade seja também uma centralidade para a própria comunidade de Évora e de quem naturalmente visita a cidade”. Tornando-se assim, num “espaço também de partilha, que pretendemos que seja fluído pela comunidade”. Pois “o património só gera identidade com a comunidade se tiver uma função” e se “puder ser fruído pela comunidade”.
No que diz respeito ao programa e atividades em concreto, o mercado abre com o grupo Swing Station, através dos quais “vamos regressar aos loucos anos 20”, conforme explica Rui Carreteiro.
No dia 15 o mercado vai abrir pelas 11h, contando ao longo do dia com “oficinas sobre o saber fazer destes artesãos, que têm produtos de autor e que combinam este saber fazer, quase tradicional, com a originalidade e a criatividade do mundo urbano e contemporâneo”.
Pelas 18, pode contar com “uma ronda de cante alentejano pelo mercado” e “por fim, às 21h, fechamos com um concerto de Pedro Joia, que é hoje uma das principais referências portuguesas na área musical”. Ele na guitarra clássica, Norton Daiello no baixo e João Frade no acordeão, três músicos, com percursos no Fado, no Flamenco e no Jazz.
Rui Carreteiro explica ainda que, no que diz respeito às oficinas, “normalmente estamos habituados a ver os produtos acabados”, e quando falamos de produtos de autor “esquecemo-nos que não são produtos feitos em série ou com uma base industrial, são únicos”. Pois “são feitos à mão e todos eles têm diferenças entre eles, para além de terem uma enorme componente original e criativa”. Por isso, “dar a conhecer a forma como estas peças são feitas, é fundamental para percebermos o valor que está inerente a esses objetos”.
No que diz respeito aos valores envolvidos nesta coprodução entre a Fundação Eugénio de Almeida e da MAPA, o coordenador da iniciativa explica que foram investidos “seguramente, milhares de euros”, cofinanciados pelo programa Alentejo 2020 e pelo FEDER, “para além disso tem também o apoio da Direção Regional da Cultura do Alentejo e da Entidade Regional de Turismo e da BYking”.