17.6 C
Vila Viçosa
Segunda-feira, Novembro 25, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Falta de progressão na carreira afasta jovens da vida militar, diz General Rovisco Duarte no aniversário do RC3 em Vila Viçosa (c/som e fotos)

Vila Viçosa foi este domingo, dia 16 de setembro, palco para as cerimónias militares comemorativas dos 311 anos dos Regimento de Cavalaria nº3 – Dragões de Olivença (Estremoz) e o Dia da Armada.

A Campanário marcou presença nas celebrações e falou com o General Rovisco Duarte, Chefe do Estado Maior do Exército, que apontou a escolha de Vila Viçosa como “um espaço muito digno e que do ponto de vista histórico” faz “a ponte para a arma de cavalaria no dia de hoje”.

Questionado sobre a importância do RC3, o General Rovisco Duarte aponta as três mensagens “muito fortes” que este tem, sendo uma relacionada com “os valores dos nossos antepassados”, outra com “a ligação ao território” e a terceira com o seu “contributo para as linhas de ação externa”.

Mais aponta que o RC3 faz “uma ligação fortíssima entre aquilo que é o passado e o futuro das capacidades militares”.

  RC3 faz “uma ligação fortíssima entre aquilo que é o passado e o futuro das capacidades militares”

 

 

Questionado sobre a integração do regimento no território, afirma que “há aqui uma ligação fortíssima” do exército com a população e a região, recordando as palavras do Presidente da República na sua visita a quartel estremocense, em que louvou o esforço e vontade das autarquias em manter este dispositivo

Relativamente ao recrutamento, afirma que “todos os regimentos são aliciantes”, não sendo este uma exceção. Contudo, “o regime de contrato em vigor só permite 6 anos e nós temos feito muita pressão para que esse regime fosse alargado”. Este prazo leva a que decorrido esse período, os jovens enverguem por forças de segurança “porque lhes dá garantia de continuidade de carreira”. Descrevendo essa situação como frustrante, aponta que “contra isso não podemos fazer nada, mas fazemos o possível”.

À RC, Coronel Paulo Ramos, Comandante do RC3, demonstrou-se agradado com “o facto de a população ter aderido”, afirmando considerar que “a população alentejana em geral tem um carinho por este regimento”.

 “A população alentejana tem um carinho por este regimento”

 

 

As ligações com o território, nomeadamente com as autarquias e as instituições públicas, permitem “unir esforços e cumprir as nossas missões”.

Relativamente à missão do regimento, afirma que se mantem a de “aprontar forças de combate”, estando em prontidão um esquadrão de reconhecimento que em 2019 será projetado para uma missão de 5 meses na Lituânia.

Questionado sobre o recrutamento, aponta que o “crescimento do emprego” e a procura de estabilidade por parte dos jovens, leva a que os recrutas cheguem às fileiras por “vocação para as forças armadas, ou (porque) andam a procurar essa vocação”.

Alguns destes jovens cumprem os 6 anos, outras apenas 1 ou 2, surgindo o exército como “uma ponte para a GNR ou para a Escola de Sargentos […] ou para a Academia Militar”.

“Vêm à experiência, mas o que eles procuram é efetivamente uma carreira”, declara.

Ainda assim, diz não terem tido até ao momento “problemas em termos de recursos humanos, uma vez que somos prioridade do exército”, mas findo esta, a situação poderá vir a agravar-se.

Manuel Condenado, presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa, afirma que o envolvimento das “centenas de calipolenses” que assistiram às cerimónias, indicam a sua vontade em “trazer a memória coletiva ao presente”.

 “É um dia histórico para Vila Viçosa”

 

O autarca demonstra orgulho e honra por o seu município acolher estas comemorações, apontando que “continuaremos a manifestar disponibilidade para colaborar com o exército nas iniciativas”, que fortalecem a ligação entre as partes envolvidas-

 

{gallery}vv_dia_arma_rc3_18{/gallery}

Populares