A Comissão Política de Secção (CPS) de Portalegre do PSD decidiu, por unanimidade, retirar a confiança política ao vereador eleito pelas listas do PSD à Câmara Municipal de Portalegre, Armando Varela, “demarcando-se formal e institucionalmente das respectivas posições políticas e decisões executivas”.
Em comunicado, a CPS de Portalegre do PSD, fez saber que, em reunião ordinária de 22 de outubro de 2018, foi decidido por unanimidade emitir nova recomendação ao vereador para que renunciasse aos pelouros que lhe foram atribuídos na autarquia portalegrense e que assumisse publicamente o término do ‘Acordo tripartido para governação do Concelho de Portalegre’.
Esta recomendação validava “a posição dos militantes reunidos em Assembleia de Secção a 11 de outubro de 2018 e retratava igualmente a indicação resultante da reunião extraordinária de mediação que ocorreu a 18 de outubro de 2018”, aponta o documento dos sociais-democratas.
A CPS do PSD, “pelas razões que são do conhecimento geral (saída da CDU do ‘Acordo tripartido para governação do Concelho de Portalegre’)”, entendeu “não se encontrarem reunidos os pressupostos básicos considerados na génese do acordo (estabilidade governativa na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal) e de forma cordata recomendou ao Sr. Vereador Armando Varela que publicamente assumisse o término do acordo e abdicasse dos pelouros que lhe foram atribuídos a tempo inteiro”, pode ler-se no comunicado.
Mais é explanado que, “entre silêncios e explicações para validar a continuidade de uma situação que não foi sufragada, entre distanciamento consciente ou inconscientemente provocado face ao trabalho da CPS” foi entendido ser “o momento de decidir de forma determinada pelo afastamento de conveniências e estratégias ou interesses pessoais, que nos possam deixar reféns na nossa acção política. Entendemos que os princípios de lealdade, solidariedade e respeito foram largamente ultrapassados e ultrajados com uma sequência de episódios bizarros, protagonizados por quem não faz da sua experiência política uma mui nobre e digna acção ao serviço da comunidade”.
O PSD aponta ainda não se rever “nesta proximidade à CLIP” de que o ex-autarca de Sousel “não quer abdicar”.