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Na ADC3 “estamos agora na estaca zero”, diz Miguel Goulão da Assimagra (c/som e fotos)

A resolução para a Área de Deposição Comum (ADC3) em Borba continua sem fim à vista. Depois de ter sido avançado pela Rádio Campanário que existia um investidor estrangeiro, composto pelo consórcio liderado pela TRADINGAL, interessado no negócio, o mesmo não se realizou devido à desistência do investidor.

Em declarações a esta Estação Emissora o Vice-Presidente da Assimagra disse que “quando se concretiza um negócio é preciso que haja vontade das duas partes e a parte do investidor desinteressou-se a determinado momento orientando os seus investimentos para outras zonas do globo”.

Miguel Goulão disse ainda que continuam empenhados em arranjar uma solução porque “o que está em causa é o investimento feito nas infraestruturais viárias e não faz sentido que se baixe os braços”.

O Vice-Presidente da Assimagra reconhece que este negócio está dependente de investimento externo visto que em Portugal não há capacidade de investimento para levar a cabo um projeto desta natureza, e vai mais longe para dizer que “neste momento estamos na estaca zero e a partir para uma nova etapa para angariar novos potenciais investidores”.

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O projeto implementado no concelho de Borba tinha, e tem, o objetivo de promover o processamento, eliminação, recuperação e utilização dos resíduos e subprodutos, provenientes da extração e transformação da pedra mármore na região, resolvendo o passivo ambiental.

A ADC3 foi obrigatoriamente imposta pelo Plano de Reordenamento da Zona dos Mármores (PROZOM), que entrou em vigor a 13 de Maio de 2002. Foi neste âmbito que foi constituída a empresa EDC Mármores, composta, maioritariamente, por capitais públicos, nomeadamente as Câmaras Municipais de Alandroal, Borba, Estremoz e Vila Viçosa, Assimagra e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo. Este organismo tinha por objetivo gerir tudo aquilo a que a legislação obrigava a construir, sendo responsável pela operacionalidade de todas as áreas.

Na altura foi determinada a constituição de oito áreas de decomposição comum, acabando por apenas ser construído o complexo no concelho de Borba. A construção dos acessos ficou a cargo dos municípios onde as áreas seriam edificadas, neste caso o município de Borba, que investiu cerca de 2 milhões e 900 mil euros nas estradas de acesso, sendo que para o efeito foram atribuídos perto de 2,5 milhões de euros provenientes de fundos comunitários. Nestes valores não estavam previstos todos os custos inerentes à formação da ADC3, apenas as vias de acesso. O restante montante ficou nos 3 milhões e meio de euros, a cargo da EDC Mármores, com participação de 70% de fundos comunitários.

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