O Sindicato Independente dos Médicos questionou a viabilidade das unidades hospitalares do Alto Alentejo e Alentejo Central, apontando que o funcionamento destas em 2018 requereu uma despesa de cerca de 7 milhões e 300 mil euros em contratação externa de serviços médicos.
Em declarações à Campanário, José Robalo, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, aponta a contratação externa como “a única forma de garantir a qualidade na prestação de cuidados a nível das entidades hospitalares” mediante a falta de fixação de médicos.
“Se tivermos a adesão dos profissionais a quererem fixar-se nas nossas unidades, deixaremos de fazer prestações de serviços”
O dirigente destaca que foram abertas 170 vagas para os hospitais nos últimos 3 anos, “e dessas, só 24 foram ocupadas, isto significa que não teríamos conseguido manter os cuidados de saúde com a qualidade pretendida se não fizéssemos contratação de serviços de médicos”. Esta “obviamente não é a solução ideal, é uma solução alternativa para a falta de fixação de profissionais na nossa região”, destaca.
Para dar resposta à região, “seriam necessários à volta de 100 médicos nas unidades hospitalares”, avança o presidente da ARS Alentejo.
Questionado sobre as despesas inerentes a este tipo de contratação, destaca serem superiores “porque são contratações pontuais”, contudo, surge como a única alternativa para garantir a qualidade do serviço prestado.
Este método será terminado “a partir do momento que não haja necessidade”, mas para tal, é necessária a adesão dos profissionais aos concursos que vão sendo abertos e a sua fixação nas unidades hospitalares da região.