A produção de azeitona para azeite terá atingido, em 2013, as 627 mil toneladas, o que constitui a maior safra desde a década de 1960, valores que podem ser considerados recordistas.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados quarta-feira, 19 de fevereiro, terá sido a maior produção de há cinquenta anos, que resulta de uma aposta dos investimentos nos novos olivais que em conjunto com a “não existência de nenhuma calamidade climatérica” proporcionou um ano de bons níveis de produção.
À Rádio Campanário a responsável da Confederação Nacional das Cooperativas e do Crédito Agrícola de Portugal, CONFAGRI, Patrícia Falcão, assevera que “é uma produção expetável, perante o número de novos olivais e o clima não ter colocado em risco a produção”, no entanto, Patrícia Falcão acresce que “não estão a implantar-se novos olivais, mas nos primeiros cinco anos a seguir a 2000, o investimento na implantação de novas áreas de olival intensivo foi considerável, e neste momento colhem-se esses frutos”.
A responsável da CONFAGRI explica que não há novos projetos de olivais porque o preço de venda é baixo, “nós nunca conseguiremos ter um preço elevado, estamos ao lado do maior produtor mundial de azeite, que é Espanha”, pode falar-se em “concorrência desleal no mercado da distribuição”
Relativamente à quota-parte do Alentejo, nos números nacionais de produção de azeitona, Patrícia Falcão assevera que “o Alentejo esmaga qualquer região do país, porque tem muito olival e tem variedades extremamente produtivas, que produzem milhares de toneladas”.
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Depois alguns anos de abandono dos olivais e até por “mudanças na alimentação”, o azeite ganhou valor na qualidade continuando os produtores nacionais a debater-se com os preços que não crescem ao mesmo ritmo de satisfação da qualidade e quantidade.