A campanha Empregos para o Clima, que abrange várias associações, movimentos sociais e ambientalistas e sindicatos, defende a nacionalização da MFS – Moura Fábrica Solar (Moura, Beja), cujo encerramento foi recentemente anunciado, “garantindo emprego digno para os trabalhadores e energia limpa para o país”.
A campanha defende a intervenção “do Governo no processo, nacionalizar a fábrica e produzir painéis solares para montar nas escolas públicas e nos edifícios administrativos”.
Segundo a campanha, atualmente, os edifícios públicos “estão a comprar energia a empresas privadas, o que faz com que o dinheiro público sirva interesses privados”.
No entanto, defende, se comprarem painéis “financeiramente acessíveis” a uma empresa pública, “que não se foca no lucro”, os edifícios públicos, “em poucos anos, tornar-se-iam energeticamente independentes, poupando custos de energia”.
A MFS vai fechar “não porque não faz lucro, mas porque não faz lucro o suficiente”, afirma a campanha, frisando que a empresa proprietária, a ACCIONA, anunciou que o seu parceiro tecnológico que geria a fábrica vai “transferir a sua produção para fábricas na Ásia”.
A campanha Empregos para o Clima decorre em vários países e visa combater a precariedade laboral e climática e lutar por um mundo socialmente justo e ambientalmente são. A campanha propõe realizar esta transformação através da criação de emprego público digno e estável em setores estratégicos, para reduzir as emissões de gases de efeito de estufa na atmosfera.