Tiveram início esta semana as obras de construção da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais de Rio de Moinhos, culminando um processo que levou vários anos de estudos e soluções, e que era um dos anseios da população da freguesia de Rio de Moinhos.
A empreitada foi adjudicada ao consórcio Factor Ambiente-Engenharia do Ambiente, Lda / Espina & Delfin, S.L., pelo valor de 1,1 milhão de euros, e terá um prazo de execução de 480 dias, sendo 240 dias de obra e 240 dias de fase de arranque da estação.
Segundo informações da autarquia de Borba, a ETAR de Rio de Moinhos será dimensionada para tratar a totalidade das águas residuais provenientes de Rio de Moinhos, Barro Branco e Talisca, considerando 3.500 habitantes, o que equivale a um caudal médio de 420 m3/dia, em tempo seco, e 530 m3/dia, em tempo húmido. A solução de tratamento teve em consideração os quantitativos populacionais e caudais afluentes atuais e futuros, os objetivos de qualidade para o efluente em função do meio recetor, bem como o espaço disponível para implantação da solução. O esquema de tratamento desenvolve-se em sistemas de lagunagem com a sequência: lagoa anaeróbia, lagoa facultativa e lagoa de macrófitas, constituído por duas linhas independentes, precedido de pré-tratamento constituído por grade grossa, tamisagem, desarenamento e desengorduramento.
A nova ETAR apenas irá receber efluentes domésticos ou equivalentes. Os efluentes industriais, provenientes de queijarias ou outras unidades, sem pré-tratamento adequado, não podem ser encaminhados para o coletor público de águas residuais.