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“Évora vale porque está no Alentejo, e o Alentejo tem a ganhar com Évora”, diz autarca sobre candidatura a Capital Europeia da Cultura (c/som e fotos)

Ao longo de dois dias, a Fundação Eugénio de Almeida (Évora) recebe o workshop “Culture Capital Cities” que reúne várias entidades em torno da candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura 2027.

A sessão abertura teve início na manhã desta quinta-feira (14 de fevereiro) e a RC esteve presente.

Em declarações a esta estação emissora, Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara Municipal de Évora, aponta o caráter inclusivo da candidatura, defendendo que não é apenas da cidade de Évora, mas de toda a região.

A identidade alentejana surge como uma qualidade diferenciadora que potencia a candidatura, aponta, afirmando que “Évora vale porque está no Alentejo, e o Alentejo tem a ganhar com Évora”.

“A cultura deve ser o centro da candidatura, mas ligar-se à questão social e à questão do património ambiental”
Carlos Pinto de Sá

Depois de dois anos de estudo e garantia de viabilidade da candidatura, este workshop surge como um momento de reflexão e de “abertura” do processo “à sociedade do Alentejo”, e a todas as instituições que possam e queiram contribuir.

Workshop marca o “momento em que se abrem as portas e se diz, entrem e vamos trabalhar em conjunto relativamente à proposta”
Carlos Pinto de Sá

O autarca avança ainda a hipótese “se houver necessidade, de sair do guião e valorizar coisas que não estejam” indicadas neste.

Ana Paula Amendoeira, diretora regional da Cultura do Alentejo, afirma à RC que “a entrada nesta candidatura é um sintoma de inteligência e de querer construi o futuro com mais qualidade”.

A dirigente defende que a “dimensão histórica e patrimonial terá que ser central nesta candidatura sem que isso represente alguma menorização de atenção para a cultura contemporânea e aquilo que é produzido hoje”.

“Se estivéssemos muito felizes com tudo aquilo que temos e não quiséssemos mais nada, não entrávamos nesta candidatura”
Ana Paula Amendoeira

“Évora tem muito potencial”, defende, mas “não podemos partir apenas do que temos, temos que trabalhar muito e construir”. Neste sentido, aponta um caminho a ser feito a nível de definição de uma “estratégia”, de “regeneração de coisas na cidade que serão necessárias”, e melhoria “em termos de acessibilidades, de espaços e de infraestruturas” nomeadamente para eventos para muitas pessoas.

António Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, afirma que “é uma oportunidade histórica caso consigamos” o título “para fazer uma pequena revolução” na cidade.

Esta deverá incidir “na área da requalificação urbana, da reabilitação e de um conjunto de equipamentos culturais que podem surgir”.

Ceia da Silva aponta como diferenciador “o aspeto inclusivo” da candidatura, que pretende abranger parceiros não só da cidade como da região.

“Queremos dar um banho de cultura e ganhar”
António Ceia da Silva

 

O presidente da Turismo do Alentejo aponta que “Évora tem todas as condições para ser Capital Europeia da Cultura” e que comparando com as anteriores vencedoras do título, se encontra acima a nível estrutural e de potencial.

Ceia da Silva defende que Évora “já dá” um banho de cultura, sendo intenção “associar o banho de cultura ao banho de vitória”.

De aspetos destacáveis desta candidatura, aponta o facto de Évora se encontrar inserida na única região candidata “que está num processo de certificação de biosfera”, e ter “o primeiro observatório de turismo sustentável da Organização Mundial de Turismo” em Portugal, que é o 3º na Europa e um dos 27 no mundo.

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